MINHA MÃE ERA HIPOCONDRÍACA; MEU PAI, NÃO!
Então, meu histórico familiar se resumia nesta afirmação terapêutica. Uma se empanturrava de remédios e sempre forte, gorda; o outro sempre magrinho, mas nunca ia ao médico. Pra quê? Nem quando quebrou uma perna, pois como não tinha hospital na nossa cidade, foi atendido em nossa casa mesmo com ajuda de vizinhos e um funcnionário da pequena farmácia. Bem, mas isto é outra história. Da minha parte, que eu me lembro, sempre fui igual ao meu pai. Sempre magro e nunca muito amigo de médicos. Prova é que, durante os sete anos em que estudei em seminários, se eu fui atendido em algum hospital foram duas vezes: um problema na garganta, outro do estômago. Já em São Paulo, na busca por emprego, já no segundo, um médico cismou que eu tinha UM SOPRO NO CORAÇÃO e para aprovar a minha admissão tive que ser submetido a alguns exames preliminares, como eletrocardiograma e Raio X . Com o resultado em mãos ele murmurou: "Foi apenas uma suspeita". Este fato aconteceu quando eu tinha apenas 21 anos e na hora me deixou sem chão. Pelo menos durante 24 horas fiquei sem me alimentar ou dormir direito. Depois tudo voltou ao normal. Depois, só durante o meu quarto emprego, em outro exame admissional, o médico solicitou outro Eletrocardiograma. Também ficou só no susto. O certo é que Deus sempre vai me protegendo e hoje estou com 74 anos e consulta médica só online. Costumo brincar, dizendo: ele lá e eu aqui na minha casa. Não é que eu tenha alguma ojeriza a médico, mas sempre gosto de uma frase que diz assim: "As árvores são como as pessoas: nascem, crescem, mas como não têm pés para ir ao médico, VIVEM MAIS!"
PS: As pessoas hipocondríacas que me perdoem!