OBSERVANDO E TENTANDO CONHECER OS PLANETAS
Tomado pela curiosidade de conhecer
A ser um hábito a que tenho
Na verdade, uma paixão minha
E assim me dirigi para observatório planetário
Instrumentos sofisticados e enormes
E bastante potentes
Bem melhores, é claro, que o meu simples telescópio que guardo em meu quarto
E ajustando a “ocular” junto a lente objetiva miro para o desconhecido
Ao que faço aleatoriamente
Todavia, só percebo um vasto escuro... e mais nada
Qual uma eterna noite a desconhecer o dia
Onde nenhuma luz s'havia
Ajusto outra vez, porém com o auxílio d’um mapa (de nosso sistema solar)
E descubro enormes partículas [no meio das ondas]
Seriam planetas?
Seriam luas?
E eram várias...
Quem sabe, algumas luas de Júpiter, não sei?!
Negro escuro em sua massa p qual não creio ser um vácuo
E naquel’hora me lembrei o que disse certa vez o grande físico Carl Sagan:
“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício
de espaço”
Oh! E não seria verdade?
Não, não teria sentido uma escada infinita a que criada fosse para o nada
(A que não nos levasse para lugar nenhum)
Ao que não acho que fora de nosso mundo seja tudo um “vazio de vida”
E assim eu me deixei levar pela meditação (fantasiosa ou não!)
E a me perguntar:
Haverá vida (mental e inteligente) em tais planetas?
Se há, como seria?
Seria como nós?
Como s’escreve su’história?
Precisariam (seus habitantes) ainda ... “evoluir”?
Sim, necessitariam romper “limites” co’eles mesmos?
Seriam escravos de imaginários medos (seus “monstros”)?
Seriam [como nós] neuróticos?
Teriam de viver sob a necessidade de leis que os governem?
Precisariam de “obrigações” nos relacionamentos sociais?
Haveria [entr’eles] contendas ou mesmo guerras?
Matariam uns aos outros em nome de nacionalismos ou por qualquer outra coisa?
E então, seria suas almas [como as nossas] “enfermas” a que necessitariam
de um “salvador” que as libertasse de sua miserável condição?
Seriam angustiadas ou desesperadas?
Seriam mesquinhas, invejosas, sórdidas...?
Seriam egoístas e mesquinhas?
Sim, seriam “baixas” e hipócritas?
Será que impera sob'elas sentimentos negativos, tais como inveja, raiva, tristeza,
rejeição, frustração, vingança, satisfação com o sofrimento alheio, amarguras, antipatias,
culpa, fúria, melancolia, rancor, tédio, remorso, pavor, dentre outors?
Teria suas mentes a “infecção” causada pelo preconceito e pela intolerância?
Haveria bandeiras e divisões (fronteiras ideológicas e religiosas) entr’elas?
Perderiam o tempo com frivolidades?
Acreditariam em “mentiras pessoais ou coletivas”, ao que lutariam entre si
pelo que não vale a pena (ou não tem o mínimo valor)?
Quais seriam seus maiores apegos e do que teriam mais medo?
Qual seria a sua "ideia" a respeito da morte?
E como seria a convivência entr’elas?
Haveria confiabilidade ou seriam paranoicas pelo que ninguém confiaria
em ninguém?
Como seria o seu “inconsciente coletivo”?
Quais seriam suas crenças?
Quais seriam seus valores?
Sim, quais seriam caso tenham alma, pelo qu’então pensariam?
Afinal, o “pensamento” é quem cria o “mundo dos valores”
A ser ele o “discriminador” do que vale e do que não vale
Giro a objetiva e percebo outro planeta
E questionava comigo:
Como seriam suas mentes e “almas”?
Precisariam de regras, normas, mandamentos, prescrições de forma que
suas vidas determinadas fossem por diretrizes e ordens?
Ou viveram na expressão da “divina liberdade” em prazerosa obediência
ao seu “dharma”?
Sim, será que vivem de acordo com Viva Palavra Cósmica ou precisariam
de uma “Justiça” a que sobr’eles quando necessário se aplicaria?
E da interessante pergunta que naquel’hora a mim mesmo fazia:
Haveria em tais planetas “injustiça” pelo que se transgredida fora “a Lei”?
Ou da questão a ir mais além:
Haveria “tirania” por parte de seus “líderes” ou “governadores”, ou não
precisariam de tais “chefes” ou mesmo “guias de vidas”?
E quanto a questão da vulnerabilidade de suas vidas
(a que padecem [como toda forma de vida] necessidades),
haveria solidariedade entre seus habitantes, ou sofreriam “explorações”
pelos “mais fortes”?
Seriam ambiciosos sem limites (gananciosos) ou seriam altruístas a que
cada'um visaria mais o bem do outro que o de si próprio?
Ou, n’outras palavras:
Haveria “AMOR” em tais planetas?
Ou precisariam da “encarnação de Deus” a que se sacrificaria por eles
onde seria [de seu mundo] o seu Messias e Salvador?
E nest’hora me pergunto:
Será que [aqui] valeu a pena o “sacrifício do Cordeiro Pascal” pelo que
o mundo não mudou e até dá a entender que piorou?
Não sei!
Afastei-me da objetiva ocular n’aquele instrumento que, na verdade, não
era um telescópio, mas sim um microscópio
E eu não estava n’um observatório espacial, mas sim num laboratório
Onde estava vendo e estudando células, e não contemplando planetas
Porém, as mesmas perguntas eu fiz par’elas
Já que eram também uma “comunidade viva”
E quanto às respostas, quem sabe eu terei um dia...
19/05/2024
IMAGENS; FOTOS PESSOAIS (LÂMINAS DE LABORATÓRIO)
MÚSICA: Across the Universe – The Beatles
https://www.youtube.com/watch?v=6T7cyHwlfFQ