TÍTULO DE ELEITOR: A BALA DE PRATA DOS PASTORES CORRUPTOS

Diariamente, vemos vídeos absurdos de pastores e obreiros dançando freneticamente como éguas nas igrejas. Pastores vendendo água ungida, tijolos e até cuecas milagrosas. No culto, gritam, urram, dão cambalhotas e rodopiam mais que um pião. Tudo muito extravagante e hilário.

Mas, qual é o problema? O que há de mais em ser idiota, doente e fanático religioso?

O problema é gravíssimo: eles têm título de eleitor.

Esses seguidores devotos comem até merda se o pastor mandar, e votam em quem o pastor ordenar. Esses pastores são bem organizados e são responsáveis pela eleição dos crápulas que infestam nossa política.

Ah, a magia do circo político brasileiro, onde Edir Macedo, Silas Malafaia, Valdemiro Santiago e cia. se tornam os grandes ilusionistas. Eles, com suas varinhas de pastor e promessas de prosperidade, conseguem transformar votos de fiéis em uma bancada evangélica robusta e influente. E não pense que são apenas os pastores de fachada que entram no jogo – até traficantes disfarçados de pregadores encontram seu lugar ao sol nesse show de horrores, alimentando o que podemos chamar de Narcopentecostalismo.

Enquanto isso, nós, pobres mortais que ousamos usar a lógica e a coerência, assistimos a tudo de camarote. Vemos a extrema direita se fortalecendo, embalada pelo fanatismo religioso, e não podemos deixar de nos perguntar: "Será que o Brasil está se transformando em um novo Afeganistão?". A resposta, infelizmente, parece cada vez mais afirmativa.

Os evangélicos sérios, aqueles que realmente seguem os princípios de amor e justiça de sua fé, têm uma responsabilidade gigantesca nas mãos. Precisam repudiar essas práticas nefastas e afastar-se desses líderes que mais parecem vilões de novela. Caso contrário, estaremos todos condenados a viver em um país onde a teocracia extremista dita as regras, e onde a razão e a democracia são apenas memórias distantes.

A luta contra essa onda de obscurantismo não é apenas necessária, é uma questão de sobrevivência para qualquer nação que ainda se atreve a chamar-se de livre e democrática. Então, parafraseando um sábio contemporâneo, "a gente não quer só pão, a gente quer mais democracia". E é bom começarmos a fazer barulho antes que seja tarde demais.

Professor Jeferson Albrecht
Enviado por Professor Jeferson Albrecht em 19/05/2024
Reeditado em 27/05/2024
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