Numa Matina...Bella Ciao
As montanhas de minha terra recobertas de florestas, onde trilhas hoje surgem como passarelas de turistas, também as mais antigas delas cheguei a trilhar. E mais, fui aventureiro eu, "Chico Tatuzeiro", e seu fiel companheiro. Com lampião a Carbureto e também o facão, seguimos pela trilha do Limoeiro. Lá a seva estava preparada, más de tão antiga mesmo a noite reconhecia, que já á muito ninguém por lá ia. As estacas enfincadas próximo de metro e meio uma da outra, exibia velhos sabugos, refletidos pela opaca luz do lampião, elas permanecia amarradas pelas velhas palhas que não se rompia. No chão já nascia pés de milho, de quase dois palmos. Daquele ângulo iluminando entre as arvores frondosas se via o estaleiro dos caçadores.
Chovia e Jaguatiricas distante dava seu sinal de vida, tudo era silêncio acaso não chovesse, mas chovia e o barulho das gotas celestes que caiam bravamente, trazia um barulho só superado pelos trovões, depois do céu ser iluminado por relâmpagos.
Pernoitamos no relento da mata, na trilha do limoeiro. Cada qual com seu frio, com sua roupa molhada, resolve ficar em pé para esticar as pernas, sabendo a chuva já não mais voltaria cair naquele dia.
Voltamos dá longa trilha até chegar na V Comercial onde eles moravam.
Más não é só desta trilha, ou trilhas, que aquelas montanhas tem de ângulo para se contemplar, nos dias primeiro de maio, lá estava um exercito de trabalhadores nas sombras á descansar, claro depois de bebericar.
Quilómetros de mata preservado, tão meiga e imponente, quanto a juventude que desfruta das montanhas inesquecíveis, de Jundiaí e região.