O Macaco Santana e a Serenidade da Vida

O macaco Santana olha sua família e vê todos os seus entes saudáveis e bem alimentados. Observa as sobras de banana e reflete sobre o que é ser realmente rico. Não acumular, não ostentar, apenas viver.

A seu redor, poucos objetos: uma cadeira confortável, plantas e alguns objetos de madeira. Cada um escolhido não por marca ou preço, mas pelo conforto oferecido. O primata valoriza jantares com amigos, risadas que enchem o espaço, a simplicidade de um prato caseiro.

Pagar as contas em dia nos afazeres burocráticos da floresta lhe traz uma paz inigualável, sem sobressaltos no final do mês. Para ele, viajar não é fuga, ir a passeio para outras florestas é uma forma de terapia, uma expansão de seu ser. Cada viagem, um acréscimo ao seu mundo interior. Ele retorna sempre um pouco diferente, um pouco mais completo.

Em sua vida, descobriu que viver em paz é ter esses pequenos tesouros: um sorriso sincero,

uma boa noite de sono, a certeza de estar onde deveria. Não busca ser rico, busca viver bem.

E isso, ele faz com mestria. Vive feliz, satisfeito, enquanto o tal do primata pensante se mata na selva de pedra ao tentar sobreviver no meio do caos urbano, da desigualdade social e da busca desenfreada por acumulação de capital.

07.05.2024

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 07/05/2024
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