OS INIMIGOS DESENCARNADOS
Como podemos amar aqueles que nos desejam o mau? As vezes somos pegos de surpresa, quando sabemos que somos odiados por alguém o qual nunca tivemos nenhum laço de amizade. Inimizada gratuita por inveja ou despeito!
O Pai não exige que amemos os nossos inimigos. Ele mostra-nos o caminho da nossa salvação através do ato de amar a todos.
É difícil mudarmos a nossa concepção de amar? Amar o próximo como a si mesmo é desprezível e difícil? Não, não é.
O Pai nos ensinou que o caminho para nossa redenção e salvação é termos a capacidade de amar a todos indistintamente.
Quando perdoamos os nossos inimigos, praticamos um ato de caridade que sobrepõe o egoísmo e o orgulho. Os sentimentos que nos confortam com a presença dos nossos amigos, não são os mesmos na presença dos nossos inimigos. Nem por isso, devemos alimentar sentimentos mesquinhos e desprezíveis para com os nossos inimigos.
Devemos atentar que a maldade não é um estado permanente no homem, é decorrente de momentos de cólera que nos atinge e nos impulsiona à prática do mau.
Não há criaturas perversas, que em dado momento, não prática uma boa ação, mesmo inconsciente.
É necessário que estejamos atentos e em orações, para que sentimentos desta natureza não se perpetue em nossa mente e coração.
Como espírito que somos e matéria que estamos, não podemos esquecer que a inimizade não se perpetue, até mesmo depois do nosso desencarne, logo, procuremos estar em vigilância e oração para que não sejamos tentados à pratica do mau, e, com isso conquistarmos inimigos.
Lembramos que, os inimigos do mundo invisível manifestam o seu ódio e rancor através da obsessão. Estas provas das quais estamos expostos, deveremos aceitar com resignação. Logo, devemos ser indulgentes e benevolentes com todos os nossos inimigos desencarnados, bem como, proceder igualmente com aqueles que são encarnados.
"Amai os vossos inimigos" não está destinada unicamente aos homens da Terra na vida atual, mas, inserida no sentimento de solidariedade e fraternidade universal.
Espero que esta crônica nos leve a uma reflexão da importância de amar o próximo e, principalmente aos nossos inimigos pela salvação das suas almas.