DIA 2 DE MAIO, UM DIA POSTERIOR AO FERIADO “DIA DO TRABALHADOR”
Pois então...
Dia “Primeiro de Maio”
Que alguns o definem como ... “Dia do Trabalhador”
E outros o chamam de “Dia do Trabalho” (com “D” e “T” maiúsculos mesmos)
Contudo, hoje é dia 2 de maio de 2024
A que se dá n’uma humilde quinta-feira
Portanto, não é feriado
É dia de, infelizmente, retornar para o trabalho
Digo “infelizmente” ao que é, pelo menos, para a grande maioria dos trabalhadores
Meu prezado leitor, não há como discordar de quem assim o disse a respeito do
trabalho e do trabalhador:
“O trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga, enquanto no trabalho permanece
aborrecido'' (Karl Marx)
Ou, n’outra tradução:
“O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga, porque o seu trabalho não é
voluntário, é imposto, é trabalho forçado”
Bom, antes de mais nada, quero deixar bem claro que [eu] não sou marxista, comunista,
como também não sou nenhum ridículo idólatra pela “Extrema Direita”
(Como muitos são hoje)
E o fato de [eu] concordar com alguém n’alguma coisa não quer dizer que
eu concorde em tudo o que ele diz
E tenho o mesmo critério com relação a discordar de alguém em algo
O que não quer dizer que eu discorde em tudo no que [ele] afirma
Sou "livre" para ter minhas opiniões
E se é uma coisa que eu não abro mão é de minha faculdade de julgar e investigar ... tudo
Onde, se hoje eu aprovo (ou desaprovo) o que disse alguém é porque antes eu apurei
suas palavras e sua conduta, sendo que só depois [disso] é qu'eu "bato o martelo"
E não pertenço a nenhuma "manada ideológica" a que me adestre o [meu] pensamento
Deus me livre de o ser "assim"
Mas, confesso que fico sem entender como tantos neste mundo se deixam levar facilmente
por outros
Ao que têm por ele até mesmo uma adoração insensata e cega!
Tolos!...
Mas, voltando ao tema principal...
Meu amigo, permita-me fazer-lhe algumas perguntas:
* Você gosta de seu trabalho?
* Ou, n’outra palavras, você gosta e “tem paixão” (tesão) pelo o que faz?
* No que você trabalha (para sobreviver) você o faz com prazer ou apenas como
uma forma de obter sua remuneração?
* Sim, você “ama” o seu trabalho ou só o realiza a fim de poder comer e pagar
suas contas?
* Você é valorizado na empresa em que trabalhas (a partir do que executas)?
* Você é respeitado por seu empregador em função de seus direitos [legais]?
Ou ele te esconde direitos trabalhistas, ou mesmo é um infrator da legislação?
E uma pergunta que não quer calar:
* Você está satisfeito (contente) com o seu salário?
Ou você é do tipo daqueles que [como certa vez disse o Faustão em seu programa]
para se limpar usa o papel higiênico dos dois lados (como medida de economia)?
* Sim, e o seu salário de férias lhe dá condições de viajar, ir par'algum lugar paradisíaco,
como o Caribe, Fernando de Noronha, ou conhecer outros países, etc?
Ou o seu pagamento só lhe permite [no máximo] fazer um churrasquinho no quintal de sua
casa no dia que o recebes?
Pois bem, mas caso você goste do que faz (a ser no que trabalhas) eu te digo que você
faz parte do privilegiado e raro grupo de “pessoas felizes no trabalho”
Contrariando o pressuposto de Marx anteriormente citado
Prezado leitor, eu poderia muito bem inventar "palavras coloridas" sobre o "trabalho", de
forma a lhe produzir emoções e sentimentos, a ponto de lhe fazer chorar, porém eu optei
aqui somente a dizer verdades (conforme eu sempre procuro fazer)
Mas, continuando com as perguntas:
* Por acaso você é do tipo daqueles [trabalhadores] que está contando os anos para
finalmente se aposentar?
* Ou então a ficar implorando por férias ao [seu] empregador, gerente ou patrão?
Pergunto-vos isto visto que se for, você é um exemplo do que disse Marx (sobre a questão
da “folga” e do “trabalho forçado”)
Você ainda “engole” aquele discurso a afirmar que “o trabalho dignifica o Homem”?
Ah! Quer saber de fato a minha opinião?
Direi, então:
Sob um ponto de vista [até] bíblico o trabalho não é uma bênção
E nunca foi
Na verdade, o trabalho é uma grande maldição
Um castigo mesmo
(Consequência do pecado de Eva e Adão)
Basta ler co’atenção o que está escrito no livro do Gênesis:
“Com o suor do teu rosto comerás o teu pão,
até que voltes ao solo, pois da terra foste formado;
porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!” (Gênesis 3:19)
Traduzindo e para uma melhor compreensão:
Não será com mamata que você conseguirá o seu prato de comida diário,
ó meu irmão
É verdade, não será fácil para ninguém, não
Pelo menos para quem pretende “sobreviver” neste exílio de forma honesta
A não ser que queiras “partir par’alguma outra coisa”, como:
Abrir uma igreja (picaretagem), ou um centro espírita embusteiro (charlatanismo),
ou querer ser bicheiro (abrir uma banca de jogo de bicho),
ou ser um miliciano (bandido "assumido" mesmo),
ou ser um cafetão (e abrir uma boate, uma “casa de encontro”)
Ou, caso sejas muito inteligente, ser um hacker e praticar golpes virtuais (a ser a
“nova moda” [hoje] de pilantragem)
Ou, se o corpo e a aparência lhe ajudar, pode-se tornar um gigolô d'alguma madame rica
Caso [ela] não venha se importar em sustentar o vagabundo que você é em troca de
seus serviços e dotes [sexuais]
Ou, se tiver capacidade e, sobretudo, carisma, pode-se entrar para a política
Começando como vereador, e depois passando para deputado estadual, federal, senador,
ou mesmo à Presidência da República, quem sabe!?
É isso aí, ”mano”, já te imaginou “trabalhando duro” que nem eles e, principalmente,
“ganhando” o “miserável salário” daqueles “coitados”?
Ai! Até parece que eles realmente “trabalham”, não é?
E se eu disse que eles “ganham” o salário é porque eles não trabalham como nós
Nós é que “trabalhamos” (e arduamente) para receber
Há uma grande diferença
Considerando que não temos “benefícios” (“ajudas de custo") como eles, como
por exemplo:
Verba de gabinete, previdência social especial, auxílio moradia, “auxílio paletó”,
plano de saúde (auxílios saúde), salários extras, viagens custeadas pelo Governo
(na verdade, em função dos impostos que pagamos), etc.
Ah! “Primeiro de Maio”, o qual foi ontem
Pois é, meu amigo!
Um lindo dia de feriado (internacional, diga-se de passagem)
Oh! E quem não gosta de um bom feriado?
Ao que poderás dar uma pausa de seu “inferno”, não é?
Ou irás me dizer nest’hora que os feriados comprometem a “economia” do país,
e, portanto, você preferirias que não os tivessem?
Ah! “Conta outra”, meu querido!
Porém, tudo passa, e assim, o feriado passou, foi embora
E hoje é dia de voltar para o trabalho
Que pena!
Ao que você lamenta... e chora!
Sim, digo “que pena” porque é este o sentimento da imensa maioria (que trabalha duro)
E que hoje precisa se levantar cedo (contra a própria vontade)
Pegar o transporte “entupido de gente” (metrô, ônibus, lotação...)
Ter de tolerar seus colegas chatos, e, sobretudo, o seu chefe
Ou mesmo precisar ser um ator, para, então, puxar o seu saco (bajulá-lo)
Bom, tudo bem que você pode ser jogador de futebol, e, assim, ter um humilde
salário como o do Neymar, do Messi, do Mbappé...
Quem sabe!?
Para Deus nada é impossível
Bom, é isso aí meu querido
“Bora trabalhar”, então
E, de preferência, sem reclamar ...
Até o próximo feriado
Mas, que ninguém se desespere hoje
Amanhã é sexta-feira
E no final do batente poder dizer com “aquela máxima alegria”:
“Sextou!”
Post Scriptum:
Infelizmente o texto muito provavelmente não tenha agradado a muitos, ao que penso
Todavia, o meu propósito foi apresentar o quadro real a respeito do "trabalho"
Sei que muitos amam o que fazem
Porém, para a grande maioria o "trabalho" não é algo que dá prazer
E isto é fato
E outra questão evidente é quando a pessoa "sonha" com um determinado trabalho
(Pelo que ela idealiza a seu respeito)
Mas, quando nele ingressa, ou à medida que prossegue, ela se frustra
E não mais o vê com aqueles "olhos coloridos" que outrora viam
Um bom exemplo do qu'eu falo são muitos médicos e profissionais de saúde
Os quais, quando estudantes tinham um lindo ideal profissional
Mas, com o tempo ou, sobretudo, em função de "condições externas", tais como o
ambiente carente de recursos, ou certas "regras" aos profissionais impostas,
a própria discriminação entre pacientes públicos e outros sendo particulares, dentre outros
fatores, faz com que aquele antigo juramento na cerimônia de conclusão do curso vai caindo
por terra
E aqui vale dizer o quanto muitos trabalhadores precisam por em prática aqueles dizeres:
"Ver, ouvir e calar" (se quiserem [obviamente] permanecer no emprego)
Ou então, vestem a "roupa da covardia" quando sabem "dos podres e sujeiradas" da empresa
e ficam de bico calado, tornando-se coniventes com ela, a também colocar como regra de
vida o conhecido provérbio: "Se tu não pode vencê-los, junta-te a eles"
Sendo [em toda oportunidade] um dedo-duro de seus colegas, entregando-os sempre
pelas costas
E tornando-se, portanto, um ridículo puxa-saco de seus superiores, gerentes, chefes...
Enfim, se vendendo qual uma prostituta de quinta categoria (de zona)
Executando seu trabalho sem nenhum prazer, mas, sim, com camuflado nojo
(ou mesmo revolta)
Considerando qu'em todos há um "superego" que julga e condena o mal e toda injustiça
que [na vida] fazemos
E, assim, fingido ser feliz no trabalho!
Isto sem mencionar aqui quando o profissional percebe que está num ambiente de
competição em que muitos "querem puxar o tapete do outro", já que entre eles
existe uma inegável "concorrência" (num "vale tudo" onde muitos até jogam sujo!)
Oh! Quem aqui nunca conheceu um médico visivelmente frustrado com sua profissão?
Ou então um enfermeiro graduado, ou mesmo tendo mestrado
E o mesmo argumento é percebido igualmente com quem leciona (professores),
ou advogados...
Além de muitas outras profissões
E outra coisa que "mata" o trabalhador a ponto de lhe "tirar o tesão pelo trabalho" é,
sem dúvida, o excesso de burocracias (sendo a maioria totalmente desnecessária) em que
sobre ele é colocado
Ai! E como são cobradas [dentro de seu ambiente]!...
Entenderam bem aonde eu quis chegar?
É bonito (ou mesmo uma bênção) ser feliz no que a pessoa faz (em termos profissionais)
Mas a verdade é que são poucos...!
02 de maio de 2024