Faz de conta
É sabido que os prazos para início de campanhas eleitorais regulamentados pela legislação nunca foram respeitados. Vários artifícios sempre foram utilizados, como os adesivos em carros apenas com os nomes dos "pré-candidatos". Nada de anormal num país onde tudo é uma grande gazopa.
É sabido, também, que Lula e Bolsonaro, não só desrespeitam a legislação como incentivam a prática. Bolsonaro afrontou a legislação eleitoral de forma escandalosa no seu mandato de chefe do Executivo, com as "motociatas", as manifestações em Brasília - que nada mais eram de culto à sua imagem e proselitismo político.
O presidente Lula, despudoramente, em manifestação na Avenida Paulista, ontem, pediu votos para o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos.
Por que praticam tais atos? Porque sabem que as multas aplicadas, se forem pagas um dia, custam bem menos que o resultado efetivo dos palanques. É a famosa relação custo x benefício. No país do pirlimpimpim, faz-de-conta que a legislação é cumprida e nós fazemos de conta que acreditamos e queremos que sejam cumprida.
É a mesma história do cara que adesiva seu veículo com os dizeres alusivos ao Lula: "não votei em ladrão", mas votou em Bolsonaro, um sonegador contumaz, e confesso, de impostos, praticante de rachadinha e acusado de, entre outros, roubos de joias da União. É um festival de mentiras.