O avesso de todo dia

Todo dia ele faz tudo sempre igual,

Me invade como se continuasse o que já fez

Acordo cedendo o talvez

Do prazer o amor ao invés

No almoço engulo o arroz

Com o choro de protesto

A inocência me faz desistir da porta para nada.

A vida aponta o seguir.

Quem sabe o amor e o céu

Que somos? Esqueço o dia

O arroz, o protesto e me entrego ao sonho a dois

Ao sono. Amanhã tudo igual.