A escrita é a grande revolução da humanidade. Podemos narrar que baleias cantam em silêncio das águas profundas dos oceanos e, ainda, que abelhas dançam enquanto recolhem pólen e, ainda gatos atentos de orelhas em pé observando você... A comunicação não é apenas uma necessidade humana, todo ser vivo se comunica, das algas até os fungos. A escrita surgiu há pelo menos cinco mil anos e tem sua forma mais conhecida no alfabeto que é um método sagaz de reunir consoantes e vogais que varia entre as línguas e culturas. A escrita ampliou enormemente o potência da comunicação. Assim, passamos a poder nos comunicar com lugares e tempos por vezes muito distantes. Por muito tempo, a principal forma de transmissão de conhecimento foi mesmo a linguagem oral, mas igualmente, por desenhos, gestos e expressões corporais. Aliás, contar história é algo que nós fazemos há mais de cinquenta mil anos, muito antes de registrá-las de forma codificada. Toda transformação da comunicação em algo mais concreto e duradouro começou pelos desenhos, isto é, pela pictografia. Podemos identificar nas pinturas ruprestes. Porém, nessa época não havia um sistema organizado de interpretação e, o significado variava de pessoa para pessoa. Foi entre os sumérios que surgira a forma escrita na argila e no calcário, chamada de cuneiforme (o termo vem de cunha), sendo a primeira escrita codificada e, até hoje tais registros estão preservados e datam de 3.200 a.C.. Mais tarde, foram os egípcios que inventariam os hieróglifos e depois, os maios com seu complexo sistema de glifos. E, assim, nascia a escrita diferente em cada parte do mundo e com denominações e aplicações diversas, porém, sempre igual em seus cruciais objetivos. O alfabeto como o conhecemos teve seu início há três anos, com os fenícios e era dotado de vinte e duas letras. E, fora modificado pelos gregos por volta de 400 a.C., que introduziram, por exemplo, as vogais. E, outra modificação veio com os romanos. E, sua origem reside na tentativa de interpretar as palavras, não mais pelos desenhos do objeto em si, mas pelos sons, numa representação fonética e não mais pictórica ou ideogramática. Foi o fato de irmos refletindo a respeito do que escremos é que nos permitiu aumentar a complexidade do que expressamos.
 

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 01/05/2024
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