Por que és triste, poeta?
Poucos me leem, mas quem o faz, em sua maioria, pergunta porque só escrevo coisas tristes... Não importa eu citar os poetas românticos, os simbolistas, tantos outros artistas... São minhas influências é bem verdade, mas sendo honesto, escrevo o que vivo. É verdade, isso existe: no país do Carnaval, do futebol, da risada e da cervejada, habita um homem triste... E pasmem... Não estou triste com isso. Esse sou eu, minha natureza. Tive um amor, que já se foi. Tenho uma dor, que não se vai. E as coisas? Não vão. Não vão bem. Mas tenho pequenas alegrias, que tanto são grandes para quem nada tem: meus livros, minha família, o infalível amor do meu filho. E meus versos. Que, me perdoem, são e serão tristes, até que um dia esquecidos, dissolvidos na poeira como o seu criador.