A inteligência artificial
A inteligência artificial (José Carlos de Bom Sucesso)
Bons tempos eram aqueles em que tudo possuía um destino final. É meramente possível lembrar de quando os jornais eram distribuídos pelas bancas e também, a cada semana, nova edição de revistas, tais como a Veja, Isto é, Quatro Rodas, dentre outras. Os jornais eram o Globo, o Estado de São Paulo, o Diário da tarde, entre outros.
Agora tudo ficou mais fácil. Basta dar um pequeno clic e tudo vem à sua frente, com a invenção do aparelho celular e consequentemente seu aperfeiçoamento no decorrer do tempo.
Criaram a rede mundial de computadores, a qual foi denominada “internet” e com ela tudo ficou mais fácil. Com todos os aperfeiçoamentos, no pequeno celular, ou seja, no pequeno quadradinho, o mundo está à frente, bem ali no visual, de cada operador. Até óculos estão sendo testados para facilitar a vida do internauta. Está sendo comum encontrar com pessoas andando gesticulando como se estivesse apertando alguns botões, que na realidade são comandos do próprio aparelho celular.
Há tempos, os livros e os jornais eram as fontes de conhecimentos. Para pesquisas, muitas enciclopédias eram consultadas e uma delas, que era luxo para quem possuía, a “Barsa”, era a mais procurada. Muitos volumes e o símbolo do conhecimento para muitos. Bibliotecas eram a conquista de muitos, principalmente nas escolas e nas faculdades.
Com a aceleração da tecnologia, criaram a “Inteligência Artificial – AI”, onde tudo ficou mais fácil. Assim:
- Dona Maria não consulta seu receituário para fazer a melhor e mais bonita rosca. Basta digitar no celular que milhares de receitas são vistas na tela de seu pequeno celular;
- O Senhor João não precisa sair com o balaio de queijos para a venda. É mais fácil anunciar pelo Whatzapp, Instagram e até anúncios pelo Google. As vendas estão garantidas;
- A Professora Márcia já tem todo seu planejamento dentro do próprio computador. Ela digitou algumas palavras e IA fez tudo para ela;
- O Advogado João, o Contador Mário, o Médico Pedro, dentre outros, já estão no mundo digital para melhor desenvolvimento de seus trabalhos:
- O Produtor Rural Alex possui uma central de processamento de dados para a melhor genética do rebanho e também os cálculos dos custos das produções de café, milho, soja e outros cereais...
Assim estão todas a profissões e todos os serviços. Sem a informática, sem a internet e sem a IA tudo fica mais difícil.
Então, Dona Zélia, de noventa anos, arranjou o celular e com ele fica sabendo das notícias, das conversas familiares e muitas vezes, bem entretida junto ao aparelho, esquece de tomar banho, de tomar café e até mesmo as refeições e é lembrada pela funcionária da casa.
Certo, até quando isto irá? Não se sabe, nem mesmo perspectivas de como será a IA no futuro. Poderão vir gerações analfabetas em conhecimentos natos, em sentimentos, em amor, em caridade, em solidariedade e sobretudo em sabedoria sobre a natureza, sobre os animais que a habitam, enfim, gerações robotizadas e esperançosas por mais uma nova notícia, um novo papo, um novo progresso tecnológico. Como dizia o astrofísico Stephen Hawking, em um de seus últimos artigos publicados, que a civilização humana caminha por um processo robótico e que brevemente todos serão máquinas ambulantes necessitando de programas cibernéticos para seguir a vida. Lembrando de que se algum dia houver algum apagão, seja ele por destruição de satélites de comunicação, de energia cósmica, enfim, se algo diferente vier a destruir o banco de dados, qual será o futuro da humanidade com a AI?