Há sempre alguém para ler.

Que merda! A palavra escorrega entre os dedos da sensibilidade sem se fixar no papel dessa telinha hipnótica. Ela vem e vai ao seu bel prazer. Não passa toda a magia para as pontas dos dedos para que, estes, imprimam as teclas e com isso, façam surgirem seus caracteres.

Ela vem com força, com conteúdo, se aloja no canto preferido, se acomoda, pede até uma água para beber, isso quando não uma cerveja estupidamente gelada, mas quando os dedos procuram com carinho as teclas, a palavra está lá, a espera, mas ao ser impressa, perde a força, torna-se insignificante, sem brilho, sem conteúdo e, assim, ela se aloja num amontoado de dizeres banais e fúteis. É ou não é aterrorizante? Então se cria a pergunta:

“O que é ser escritor?”

É o escrever leve sem compromisso com a estética, com a forma, com as regras e, partir para o conteúdo, isto é, dar mais importância ao conteúdo? Até pode ser, mas se unir o conteúdo com a forma, com as regras, o texto ficará sublime, ficará ou tornara-se obra prima, até, ousando um pouco mais, como se acredito o que esses dedos dizem, criar um estilo, uma nova escola, até pode ser, não é?

Vou dizer mais uma vez: é uma merda! E como! Porque não pode ser como todos os bons escritores... Bom! Será que eles não passam por esses mesmos motivos? Sei que cada um tem sua maneira ou, sua técnica para escrever, o importante não é apenas escrever, mas o importante é que tenha sempre alguém para ler.

Amém.

Pastorelli
Enviado por Pastorelli em 28/04/2024
Código do texto: T8051453
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