O PIANO DE CHOPIN
Como é possível, tanta esperança deixada numa mesa ,agora espessa e tratada como madeira velha, precisando ser retirada do lugar, como aquela idosa,antes moça, que era sua querida, sua amada , era bela ,então desaparece no cansaço e no sonho e necessita de você, mas não da cama!
Timbres sem cores riscos do rico balançar de talheres do manjar doce e delicado diário. Ainda há vestigios do aroma daquelas velas adocicadas
acesas. Agora louça quebrada faz pose e ousa me dizer sobre o tempo que podia me servir que via me divertir e dar bom valor ao seu encanto de peça.
Ao me sentar sozinho, tentando ler o que vivia tão forte por ali ,que fazia os dias ínfinitos, respondi pra poeira do chão ao caminhar até a porta e descer pro fim , vou deixar cantar o vento sobre o que ficou, vou deixar a porta aberta , vou até o jardim discordar de tudo, já procurei outro lugar bonito e lá não preciso ser nenhum senhor , nenhuma saudade, nenhuma vontade corriqueira que mente ainda jovem e depois fica na sombra com medo de mostrar o rosto....
Música pra ler: Nocturne No. 19, Chopin