AH SE ESSE GATINHO FALASSE!

Nem que eu quisesse não poderia parodiar um antigo filme intitulado AH SE O MEU FUSCA FALASSE. Primeiro, porque nunca tive ideia do enredo do filme, mas apenas um pouco pelo título que ficou parecido. Afinal, que gatinho é este? Sim, é aquele mesmo que me apareceu aqui nas dependências do condomínio onde moro, cujo (a) dono (a) nunca fiquei sabendo de quem se tratasse. Acontece que hoje, como sempre acontece, quando fui sair para fazer a minha caminhada rotineira, o tal gatinho logo que me viu já começou a miar e me seguir, querendo algum alimento. E realmente eu ia lhe dar um pouco de ração, mas qual não foi a minha surpresa ao dobrar a esquina do prédio, eis que apareceu uma mulher, aparentemente jovem e bonita que até sem falar nada ao passar pelo gatinho ele, imediatamente, deu meia volta e me "abandonou" ali com cara de bobo e voltou acompanhando a sua dona e nem sequer olhou para trás, como se quisesse dizer: "Não fique chateado, depois eu lhe procuro novamente!" Obviamente que não fiquei chateado, apenas pensativo com aquele fato semelhante ao de uma "traição". Se fosse com um ser humano, aí sim, haveria motivo até para exigir explicação. Mas um gato? Relevei aquele "chapéu", aquele "bolo", aquele "fora" etc. Sem vingança, o que não é minha praia, na próxima vez que eu vir aquele gatinho irei colocar uma coleira com um pequeno aviso: "Conheci" um senhor que é muito bom pra mim e quer me adotar e ele quer saber se você dar pra ele (esta oportunidade de me criar também). O meu receio é fazer isto e depois encontrar nova coleira com a resposta: "Dou, mas às vezes, arranho!" (Brincadeira).