coisinhas de cozinha
Mesmo ordinária, esta cozinha minha pouco faz lembrar o tempo em que o fogareiro e o ebulidor reinavam como vedetes absolutas. Tali o micro-ondas, por exemplo, ele que chegou como um mero esquentador, e já cheio de botõezinhos de controle... E o fogão, que nem carece fósforo para dar a combustão? É só aquele zapezinho no botão, e tá lá a
chama azulada que pode ser em altura e calor regulada.
A cafeteira quer também dar-me sua matinal saudação. Elétrica, permite a retirada do pote a qualquer momento, sem que uma só gota respingue no cimento. Cimento, nada, comento: esse piso, friso, no meu riso a toa: é ceràmica, e da boa, enquanto o café se coa.
E a mesa: que beleza. Pãozinho quente, já não mais como o de antigamente que o moço da padaria trazia e
na soleira da janela, matinalmente já jazia.
Fiz meu esforço, saindo e voltando com o saquinho á mão. Mas de cada dia, continua sendo o pão. A manteiga, agora
encapsulada na manteigueira, coisa fina, de primeira.
E o croissant! Que rima e sabor pruma manhã em primor! Oialí a omelette, no feminino, e que nu, fé, menino, tinindo de gostosa, basta-me lambuzar um ketchup, que a boca já a antegoza...Contudo me dou conta, enquanto o líquido não chega à ponta: eu podia bem ter gasto dois ou três reais a mais e ao invés da garrafinha de vidro, embora transparente, e investir na de plástico que borrifa logo, a um leve aperto da gente!