Continuação, tem o primeiro para quem quiser lê.

"Hoje ele passou do mesmo jeito, sempre aos domingos, com uma bicicleta antiga, de óculos escuros, com tatuagem na perna e nos braços, descendo o morrinho na pequena rua de terra. Rua pacata e sem crianças na rua, sempre aos domingos, apertando a buzina, gritando "olha o algodão doce". Dessa vez ele me viu na rua, e sabe qual foi o estranho? Ele me perguntou: "Você vai comprar algodão doce para as suas crianças?" Eu logo percebi que ele está olhando alguma coisa, porque ele perguntou se eu vou comprar para as crianças? Como ele sabe que eu tenho meus filhos? Meus filhos não são criados na rua, eles saem comigo e a mãe deles, como assim? Eu respondi que não compro algodão doce para os meus filhos, e do nada ele deu uma risada toda estranha, e me respondeu: "Porque você não compra?" Eu logo respondi com voz mais firme: "Não compro, não gosto que os meus filhos tenham costume com muito açúcar". Logo ele respondeu novamente: "Tem que comprar sim". Eu respondo que não quero e logo agradeço. Ele, como sempre, montou na bicicleta na subida do morro e tentou pedalar. Vamos esperar o próximo domingo."

LUCAS RONAN DE OLIVEIRA
Enviado por LUCAS RONAN DE OLIVEIRA em 21/04/2024
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