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UM RIDÍCULO E DESAGRADÁVEL BOLSONARISTA NO VELÓRIO DE MINHA MÃE

 

O "mala" não perde tempo... em querer sempre perder o tempo da gente"

(Frase em para-choque de caminhão)

 

Neste mundo...

Sim, neste mundo e tempo

Que não dá tempo... para ficarmos a sós... conosco

Neste tempo e mundo...

Que quer preencher nosso espaço... com o que não “somos” (em essência)

Até porque há (e são muitos) os “ladrões” do tempo... dos outros

 

E neste mundo que macula nosso tempo...

Com bobagens, com coisas sem [nenhum] valor, com mentiras, com ilusões

Ou até mesmo com vãs adorações (tolas e ridículas idolatrias)

Neste mundo, então! ...

 

Ah! chega a ser uma bênção [sem igual] certos momentos

Quando tais são verdadeiramente “nossos”

N’àquela sagrada solidão onde ninguém mais entra

Instantes ou ocasiões (ou mesmo... “chances”) de cad’um

Embora alguns são doloridos

E, portanto, sofridos

Contudo, não importa, são nossos

A ser o que vale

E a ser justamente em tais momentos que é preciso respeitar “o momento”

do outro

E por quê?

Simplesmente porque é dele

 

 

Então...

Completa uma semana que minha adorável mãe partiu

Vítima de uma septicemia decorrente de uma grave infecção urinária

E [que] não resistiu

Optamos em não querer investir com “manobras heroicas” (colocando-a em um

CTI) dado ao fato de que, devido outras complicações clínicas, só iria prolongar

o seu sofrimento (sob a ótica de que sua morte era inevitável)

Ao que preferimos que ela descansasse em paz

Limitando-a com “cuidados paliativos”

 

Bem, embora eu não queria relatar um fato, confesso que não consegui guarda-lo

só comigo

E assim o farei...

E tentarei ser breve

 

O ambiente de velório é, certamente, um dos mais “difíceis”

E por demais cansativo, não há dúvida

Pois é!

Recebi vários cumprimentos (de pesar)

Muitos abraços [solidários]

Encontrei com várias pessoas às quais há tempos não via

Ao que muitos de mim (e de meus irmãos) se aproximaram

E tomaram nossas dores

 

 

Bom, tudo bem que às vezes faz-se necessário “quebrar” o clima

Ao que, sem querer (ou não) trocamos algumas ideias, relembramos certos

momentos, permitimo-nos algumas prosas (fora do contexto)

Considerando que ali era também um “momento de encontro”

E reencontros

 

Em dado momento retirei-me do lado do caixão de minha mãe

E fui me sentar n’outro recinto do mesmo espaço

E foi justamente neste instante onde se aproximou e sentou ao meu lado

um antigo professor (de matemática) o qual fui seu aluno

Deu-me um apertado abraço, e começamos a conversar

Recordações antigas, circunstâncias vividas, nossas histórias...

E por aí foi...

 

Caríssimo leitor, chega a ser interessante o quanto muitos hoje no país

s’encontram em certo “quadro psicológico” (ou psicopatológico)

Ao que eu os classifico como “portadores de uma inegável obsessão”

E que está por demais prolongada (e que “não viraram a página”)

Sim, são “ideias fixas” no tempo mental (por certo nome) onde tais pessoas

não se livram [delas]

E com muita facilidade nelas se concentram, onde se dá a entender que suas

vidas giram em torno de sua “paixão” [pelo “nome” o qual adoram]

 

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Oh, discordo das escolas que afirmam que “FANATISMO” não é considerado doença

E, segundo muitos psiquiatras, trata-se apenas de um comportamento disfuncional

Porém, não é um “transtorno mental” (isto segundo a opinião de alguns especialistas)

Pois bem, se não for doença (em seu “estágio inicial”) com certeza pode se converter

em um “distúrbio psiquiátrico”, sobretudo dependendo da hipervalorizarão que a

pessoa progressivamente dá ao objeto de sua obsessão: um “nome”, uma ideia,

uma identificação política ou ideológica, uma “bandeira”, um partido, etc.

 

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Bom, antes de mais nada quero deixar claro que não tenho nenhum partido político

e nenhum “nome político de estimação ou de adoração”

Não sou nem da “coluna 1” nem da “coluna 2”

E lamento muito a condição em que muitos se tornaram “dependentes” de políticos

Que, sob a minha ótica, não passam de fracassados [por não confiarem em si mesmos]

E “precisam de um salvador” ou de algum tipo de “profeta da nação”

 

Quero aqui deixar bem claro que não tenho [aqui] nenhuma intenção de provocar

nenhum desconforto a alguém

Sim, a ninguém

Porém, pediria, por gentileza, que se colocassem em meu lugar

Retornemos, então

 

Como antes disse, estava [eu] em pleno velório de minha mãe

N’um momento que eu gostaria muito d’estar em silêncio

Contudo, não foi bem assim

 

E, voltando ao meu professor, tentarei reproduzir o que ocorreu naquela hora

Sem que houvesse conexão alguma com o que estávamos conversando, houve um

momento em que ele disse [com um visível tom de revolta]:

- O Brasil está indo para um buraco sem fundo com este nosso Presidente presidiário

e com a “ditadura do STF” liderada pelo vagabundo do Alexandre de Moraes

Na verdade são todos eles um bando de vagabundos, e tendo o apoio da “globolixo”.

 

 

Ah! confesso que no exato momento que me ele disse essas coisas,

eu simplesmente fiquei sem acreditar se realmente estava ouvindo aquele seu

“ridículo discurso” em pleno velório de minha mãe

Palavras recheadas de ódio, peculiares dos chamados “bolsonaristas”

E sempre com o selo de uma violência verbal, típico da “extrema-direita”

Onde se vê um culto pelo nacionalismo autoritário e intolerância a qualquer

outra linha ideológica de pensamento

 

Meu amigo, antes de prosseguir, gostaria de lhe dizer que em 2018 eu votei no

candidato Bolsonaro (sem ser bolsonarista)

Aliás, o “bolsonarismo” surgiu como um neologismo em função da simpatia que

muitos tiveram pelo nome que na época de sua gestão os conquistou

E se tornou uma “mentalidade de rebanho e adoração” em torno deste mesmo nome

 

Mas, retornado ao fato circunstancial naquele dia:

Tentei mudar o rumo da prosa, dirigindo-me ao meu desagradável interlocutor:

- Você ainda continua fazendo suas viagens para o exterior?

E vejam como ele, então, me respondeu:

- Recentemente estava querendo visitar a França, porém mudei de planos já que

o seu presidente – Emmanuel Macron – é um socialista. Optei por Buenos Aires.

A Argentina, sim, está com um presidente de verdade, o Javier Milei, diferente do nosso

“presidente nove dedos”

 

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Meu Deus (pensei comigo):

“Que saco”!

Quanta insensatez a sair da boa daquele maldito idiota!

O que eu fiz para merecer isto?

Que pecado eu cometi para que este chato viesse aparecer agora em minha vida

e a me incomodar com este seu “papo ruim” (como se diz na gíria)?

N’um momento [de despedida] onde a única coisa que eu queria era “silêncio”

e paz!

 

Prezado leitor, acabo de recordar o que está escrito no Livro do Eclesiastes:

“Para tudo há uma ocasião certa” (Eclesiastes 3:1)

Sim, há um tempo para cada coisa

E aquela hora não era definitivamente apropriada para se usar de discursos

partidários ou políticos

Na verdade, a última coisa que eu queria ouvir ali era sobre política

No que detestei aquela companhia, pela inconveniência por parte daquele

cidadão em “precisar” dar testemunho de seu amor pelo seu ídolo

E se é uma coisa qu'eu percebo é que tais pessoas usam "a mesma fala", sim, a

"mesma ladainha", e as mesmas palavras [cheias de veneno]:

Ódio ao atual Presidente da República, inegável aversão ao STF, à Globo, à "esquerda",

aos sindicatos...

São pessimistas ao extremo, sendo também uma espécie de profetas do apocalipse

ao afirmar que o Brasil está à beira do comunismo, ou que as igrejas serão fechadas,

dentre outras coisas

Neste único e mesmo discurso

Não importa o ambiente qu'estejam, seja n'um momento de família, ou n'uma festa

de aniversário, ou após o turno de trabalho (ou mesmo no próprio trabalho), enfim,

no cotidiano de seus espaços (incluindo as redes sociais virtuais)

São simplesmente irritantes!

Como se diz: "o ouvido prova as palavras, como o paladar... a comida" (Jó 34:3)

Na opinião [pessoal] que eu chego a dizer que tais pessoas são "intragáveis"

E o mais interessante é que não se trata de pessoas incultas, incivilizadas ou iletradas

Não, nada disso

São pessoas "aparentemente normais", com as quais convivemos todos os dias

Sendo que muitas delas têm graduação superior, boa formação profissional...

E uma grande parte com uma "considerável quilometragem", ao que já viram o Brasil

de outras formas, como, por exemplo, durante a Ditadura Militar

Realmente eu não entendo como tantos hoje se deixaram sequestrar por uma

mentalidade estúpida e infantil, em função de um nacionalismo ilusório, a lembrar

bem um caráter fascista

E permitem que sejam "manipulados" e a se tornarem uma espécie de rebanho político

 

 

Prossigamos:

E em função do que houve eu cheguei a uma conclusão:

Dado ao fato de que aquele elemento não se importou com relação ao espaço

em que estava, certamente [ele] deveria “pensar o tempo todo” em seu ídolo (ou no

que a ele o faz lembrar)

Lamentável condição!

Digno de dó (ele e milhões que do mesmo modo s’encontram)!

 

Ah! Tive que usar de todas as minhas forças para não revidar àquelas palavras

E, movido por educação, pensei melhor: pedi licença para me deslocar, alegando

que queria ficar mais perto do caixão onde estava minha mãe

E foi o que eu fiz, e onde fiquei comigo a pensar:

Os mortos não incomodam tanto quanto muitos vivos

E n’aquela hora fiquei a me perguntar:

Será que aquele infeliz individuo estava realmente vivo?

Talvez não, pelo que deveria estar como que alguém “em morte cerebral”

E nem sabe!

 

 

20 de abril de 2024

 

IMAGENS: INTERNET

 

***************************************

 

FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

UM RIDÍCULO BOLSONARISTA NO VELÓRIO DE MINHA MÃE

 

O "mala" não perde tempo... em querer sempre perder o tempo da gente"

(Frase em para-choque de caminhão)

 

Neste mundo...

Sim, neste mundo e tempo

Que não dá tempo... para ficarmos a sós... conosco

Neste tempo e mundo...

Que quer preencher nosso espaço... com o que não “somos” (em essência)

Até porque há (e são muitos) os “ladrões” do tempo... dos outros

 

E neste mundo que macula nosso tempo...

Com bobagens, com coisas sem [nenhum] valor, com mentiras, com ilusões

Ou até mesmo com vãs adorações (tolas e ridículas idolatrias)

Neste mundo, então! ...

 

Ah! chega a ser uma bênção [sem igual] certos momentos

Quando tais são verdadeiramente “nossos”

N’àquela sagrada solidão onde ninguém mais entra

Instantes ou ocasiões (ou mesmo... “chances”) de cad’um

Embora alguns são doloridos

E, portanto, sofridos

Contudo, não importa, são nossos

A ser o que vale

E a ser justamente em tais momentos que é preciso respeitar “o momento”

do outro

E por quê?

Simplesmente porque é dele

 

Então...

Completa uma semana que minha adorável mãe partiu

Vítima de uma septicemia decorrente de uma grave infecção urinária

E [que] não resistiu

Optamos em não querer investir com “manobras heroicas” (colocando-a em um

CTI) dado ao fato de que, devido outras complicações clínicas, só iria prolongar

o seu sofrimento (sob a ótica de que sua morte era inevitável)

Ao que preferimos que ela descansasse em paz

Limitando-a com “cuidados paliativos”

 

Bem, embora eu não queria relatar um fato, confesso que não consegui guarda-lo

só comigo

E assim o farei...

E tentarei ser breve

 

O ambiente de velório é, certamente, um dos mais “difíceis”

E por demais cansativo, não há dúvida

Pois é!

Recebi vários cumprimentos (de pesar)

Muitos abraços [solidários]

Encontrei com várias pessoas às quais há tempos não via

Ao que muitos de mim (e de meus irmãos) se aproximaram

E tomaram nossas dores

 

Bom, tudo bem que às vezes faz-se necessário “quebrar” o clima

Ao que, sem querer (ou não) trocamos algumas ideias, relembramos certos

momentos, permitimo-nos algumas prosas (fora do contexto)

Considerando que ali era também um “momento de encontro”

E reencontros

 

Em dado momento retirei-me do lado do caixão de minha mãe

E fui me sentar n’outro recinto do mesmo espaço

E foi justamente neste instante onde se aproximou e sentou ao meu lado

um antigo professor (de matemática) o qual fui seu aluno

Deu-me um apertado abraço, e começamos a conversar

Recordações antigas, circunstâncias vividas, nossas histórias...

E por aí foi...

 

Caríssimo leitor, chega a ser interessante o quanto muitos hoje no país

s’encontram em certo “quadro psicológico” (ou psicopatológico)

Ao que eu os classifico como “portadores de uma inegável obsessão”

E que está por demais prolongada (e que “não viraram a página”)

Sim, são “ideias fixas” no tempo mental (por certo nome) onde tais pessoas

não se livram [delas]

E com muita facilidade nelas se concentram, onde se dá a entender que suas

vidas giram em torno de sua “paixão” [pelo “nome” o qual adoram]

 

Oh, discordo das escolas que afirmam que “FANATISMO” não é considerado doença

E, segundo muitos psiquiatras, trata-se apenas de um comportamento disfuncional

Porém, não é um “transtorno mental” (isto segundo a opinião de alguns especialistas)

Pois bem, se não for doença (em seu “estágio inicial”) com certeza pode se converter

em um “distúrbio psiquiátrico”, sobretudo dependendo da hipervalorizarão que a

pessoa progressivamente dá ao objeto de sua obsessão: um “nome”, uma ideia,

uma identificação política ou ideológica, uma “bandeira”, um partido, etc.

 

Bom, antes de mais nada quero deixar claro que não tenho nenhum partido político

e nenhum “nome político de estimação ou de adoração”

Não sou nem da “coluna 1” nem da “coluna 2”

E lamento muito a condição em que muitos se tornaram “dependentes” de políticos

Que, sob a minha ótica, não passam de fracassados [por não confiarem em si mesmos]

E “precisam de um salvador” ou de algum tipo de “profeta da nação”

 

Quero aqui deixar bem claro que não tenho [aqui] nenhuma intenção de provocar

nenhum desconforto a alguém

Sim, a ninguém

Porém, pediria, por gentileza, que se colocassem em meu lugar

Retornemos, então

 

Como antes disse, estava [eu] em pleno velório de minha mãe

N’um momento que eu gostaria muito d’estar em silêncio

Contudo, não foi bem assim

 

E, voltando ao meu professor, tentarei reproduzir o que ocorreu naquela hora

Sem que houvesse conexão alguma com o que estávamos conversando, houve um

momento em que ele disse [com um visível tom de revolta]:

- O Brasil está indo para um buraco sem fundo com este nosso Presidente presidiário

e com a “ditadura do STF” liderada pelo vagabundo do Alexandre de Moraes

Na verdade são todos eles um bando de vagabundos, e tendo o apoio da “globolixo”.

 

Ah! confesso que no exato momento que me ele disse essas coisas,

eu simplesmente fiquei sem acreditar se realmente estava ouvindo aquele seu

“ridículo discurso” em pleno velório de minha mãe

Palavras recheadas de ódio, peculiares dos chamados “bolsonaristas”

E sempre com o selo de uma violência verbal, típico da “extrema-direita”

Onde se vê um culto pelo nacionalismo autoritário e intolerância a qualquer

outra linha ideológica de pensamento

 

Meu amigo, antes de prosseguir, gostaria de lhe dizer que em 2018 eu votei no

candidato Bolsonaro (sem ser bolsonarista)

Aliás, o “bolsonarismo” surgiu como um neologismo em função da simpatia que

muitos tiveram pelo nome que na época de sua gestão os conquistou

E se tornou uma “mentalidade de rebanho e adoração” em torno deste mesmo nome

 

Mas, retornado ao fato circunstancial naquele dia:

Tentei mudar o rumo da prosa, dirigindo-me ao meu desagradável interlocutor:

- Você ainda continua fazendo suas viagens para o exterior?

E vejam como ele, então, me respondeu:

- Recentemente estava querendo visitar a França, porém mudei de planos já que

o seu presidente – Emmanuel Macron – é um socialista. Optei por Buenos Aires.

A Argentina, sim, está com um presidente de verdade, o Javier Milei, diferente do nosso

“presidente nove dedos”

 

Meu Deus (pensei comigo):

“Que saco”!

Quanta insensatez a sair da boa daquele maldito idiota!

O que eu fiz para merecer isto?

Que pecado eu cometi para que este chato viesse aparecer agora em minha vida

e a me incomodar com este seu “papo ruim” (como se diz na gíria)?

N’um momento [de despedida] onde a única coisa que eu queria era “silêncio”

e paz!

 

Prezado leitor, acabo de recordar o que está escrito no Livro do Eclesiastes:

“Para tudo há uma ocasião certa” (Eclesiastes 3:1)

Sim, há um tempo para cada coisa

E aquela hora não era definitivamente apropriada para se usar de discursos

partidários ou políticos

Na verdade, a última coisa que eu queria ouvir ali era sobre política

No que detestei aquela companhia, pela inconveniência por parte daquele

cidadão em “precisar” dar testemunho de seu amor pelo seu ídolo

E se é uma coisa qu'eu percebo é que tais pessoas usam "a mesma fala", sim, a

"mesma ladainha", e as mesmas palavras [cheias de veneno]:

Ódio ao atual Presidente da República, inegável aversão ao STF, à Globo, à "esquerda",

aos sindicatos...

São pessimistas ao extremo, sendo também uma espécie de profetas do apocalipse

ao afirmar que o Brasil está à beira do comunismo, ou que as igrejas serão fechadas,

dentre outras coisas

Neste único e mesmo discurso

Não importa o ambiente qu'estejam, seja n'um momento de família, ou n'uma festa

de aniversário, ou após o turno de trabalho (ou mesmo no próprio trabalho), enfim,

no cotidiano de seus espaços (incluindo as redes sociais virtuais)

São simplesmente irritantes!

Como se diz: "o ouvido prova as palavras, como o paladar... a comida" (Jó 34:3)

Na opinião [pessoal] que eu chego a dizer que tais pessoas são "intragáveis"

E o mais interessante é que não se trata de pessoas incultas, incivilizadas ou iletradas

Não, nada disso

São pessoas "aparentemente normais", com as quais convivemos todos os dias

Sendo que muitas delas têm graduação superior, boa formação profissional...

E uma grande parte com uma "considerável quilometragem", ao que já viram o Brasil

de outras formas, como, por exemplo, durante a Ditadura Militar

Realmente eu não entendo como tantos hoje se deixaram sequestrar por uma

mentalidade estúpida e infantil, em função de um nacionalismo ilusório, a lembrar

bem um caráter fascista

E permitem que sejam "manipulados" e a se tornarem uma espécie de rebanho político

 

Prossigamos:

E em função do que houve eu cheguei a uma conclusão:

Dado ao fato de que aquele elemento não se importou com relação ao espaço

em que estava, certamente [ele] deveria “pensar o tempo todo” em seu ídolo (ou no

que a ele o faz lembrar)

Lamentável condição!

Digno de dó (ele e milhões que do mesmo modo s’encontram)!

 

Ah! Tive que usar de todas as minhas forças para não revidar àquelas palavras

E, movido por educação, pensei melhor: pedi licença para me deslocar, alegando

que queria ficar mais perto do caixão onde estava minha mãe

E foi o que eu fiz, e onde fiquei comigo a pensar:

Os mortos não incomodam tanto quanto muitos vivos

E n’aquela hora fiquei a me perguntar:

Será que aquele infeliz individuo estava realmente vivo?

Talvez não, pelo que deveria estar como que alguém “em morte cerebral”

E nem sabe!

 

20 de abril de 2024

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 20/04/2024
Reeditado em 24/04/2024
Código do texto: T8046140
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