UM MENINO QUE NASCEU PARA O JORNALISMO NO PORTAL DA AMAZÔNIA
Marcos Barbosa
Em 1970, meu pai , o cabo instrutor de guerra, Marçal Barbosa era gerente da Fazenda Agropecuária Tauá, no Município de Diamantino. Ficava depois de Cuiabá,,, atravessando o PORTAL DA AMAZÔNIA,,, Varzea Grande, que se tornou a Capital Industrial de Mato Grosso, na administração de Júlio Campos.
Para chegarmos à fazenda Tauá, viajávamos num caminhão F350 cheio de mantimentos. Sempre éramos acompanhados de alguns peões, contratados nas pensões, próximas à Capitania dos Portos, no Rio Cuiabá.
Era uma aventura viajar por aquelas estradas poeirentas e esburacadas e depois navegar pelo Rio Arinos numa voadeira até chegar à fazenda Tauá.
Meu nome é Marco Aurélio e nessa época eu já colaborava com os jornais da Capital de Mato Grosso.
Meus primeiros mestres de jornalismo foram Roland Gherhart Harkense e Paulo Zaviaski. O primeiro, era o redator do Jornal Equipe, que mantinha a coluna "ROLANDO GUERRA",,, seu apelido era MANINHO. Tinha o costume de não chamar ninguém pelo nome,,, todos eram Maninhos...
A primeira contribuição que levei ao jornal, foi recepcionada pelo Maninho, lá pelos meus 13 anos de idade.
Olhando para mim, perguntou: " Maninho,,, você quer ser jornalista ou escritor? Eu não tive dúvida e respondi:
- Os dois...
- Isto aqui é um texto literário. Você tem talento meu jovem... Vou transformar esta crônica numa matéria jornalístca, pra você ver a diferença. Aqui tem muita informação objetiva, concreta, que você captou e anotou como se fosse um repórter.
Eu fiquei ali, ansioso, vendo o ilustre jornalista pinçar as informações daquela crônica, enquanto datilografava na velha Remington uma matéria jornalístca que foi publicada na ediçao seguinte.
Nesta primeira vez ainda não posso colocar seu nome na matéria, mas se continuar assim, não demora muito para assinar suas matérias.
- " Antes que eu me esqueça,,, vá estudar datilografia,,, um bom jornalista tem que ser dactilógrafo"...
Em 1970 eu cursava a primeira série ginasial na Escola Couto Magalhães em Várzea Grande.
Nas férias eu dava uma trégua na colaboração com os jornais e descansava também das leituras diárias na BIBLIOTECA ESTADUAL do Palácio da Instrução.
Na Fazenda Tauá, meu pai me treinou pra guerra.
- " Vou ensinar você, Marco Aurélio, tudo que ensinei durante 5 anos aos soldados que enviamos para a II Guerra Mundial. "
- Ainda bem que o Senhor não foi pra guerra.
- "Meu comandante dizia que num time, o treinador não joga bola, mas é essencial para preparar os jogadores. Assim é na guerra,,, eu fiquei cinco anos no quartel de Campo Grande, treinando os soldados para enfrentar os nazistas."
Marcos Aurélio Barbosa da Silveira é jornalista, escritor e poeta matogrossense.
A SOLUÇÃO PARA FINANCIAMENTO
DA LITERATURA É PASSAR O CHAPÉU
P I X : 61 99202 3940
ANTIGAMENTE HAVIA UM MÉTODO SIMPLES DE FINANCIAMENTO POPULAR DA ARTE, PASSANDO O CHAPÉU. ARTISTAS, POETAS E ATÉ ALGUNS ESCRITORES, APÓS SUAS APRESENTAÇÕES PASSAVAM O CHAPÉU EM PRAÇA PÚBLICA E ATÉ EM FESTAS PARTICULARES, PARA OS OUVINTES CONTRIBUÍREM.
OS TEMPOS MUDARAM E OS COSTUMES SÃO OUTROS... ENTÃO sugiro aos escritores, poetas e artistas em geral,,, QUE ARRECADEM CONTRIBUIÇÕES DOS SEUS LEITORES E/OU OUVINTES/ PLATÉIAS EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS OU P I X , PARA POSSIBILITAR A CONTINUAÇÃO DO TRABALHO. SABE-SE QUE LIVRO NÃO DÁ LUCRO PARA ESCRITOR INICIANTE, MAS O SONHO DOS ESCRITORES CONTINUA.
P I X : 61 99202 3940