O DESFECHO INUSITADO DE UMA CALÚNIA
Uma desconfiança infundada pode gerar uma calúnia sem precedentes. Caso verídico que aconteceu com uma diarista que trabalhava há vários anos para um senhor aposentado. Neste ínterim nunca tiveram motivo para qualquer litígio e discordância. Ela chegava no dia e horário combinados, executava todo o serviço de limpeza e arrumação, recebia o pagamento e voltava para sua família com tranquilidade. O tempo passou até que certo dia o senhor aposentado, talvez pelo avanço da idade ou outras preocupações do momento achou que havia sumido, desaparecido dos seus pertences a quantia de trezentos reais. Ficou nervoso e a primeira pessoa de quem ele desconfiou e logo acusou foi a senhora que trabalhava há muito em sua casa e jamais havia se aproximado de nada pessoal do seu patrão. Logo que ela ouviu a sua acusação, imediatamente já ficou magoada e tentou alertá-lo de que ele estava completamente equivocado em desconfiar de sua pessoa. Foi quando ele não lhe deu atenção e falou que precisava fazer uma revista em seus pertences, sacola, bolsa etc. Como não encontrou nada e já se sentindo humilhada, a sua invasão de privacidade chegou ao cúmulo de se despir totalmente para provar que não se apoderara de nada daquele senhor. Tirou blusa, sutiã, saia, calcinha e perguntou se ele queria mais alguma prova. Sentindo-se envergonhado com aquela atitude surreal da diarista pediu que ela se vestir e nem desculpa pediu. Ela foi embora quase chorando e voltar a trabalhar naquela casa só depois que ele se desculpasse e mesmo no último caso de extrema necessidade. Não é nem necessário dizer que toda a sua consideração por aquele senhor se escafedeu com aquela infundada calúnia.