Quantas lembranças você me traz

Estendida no varal as gotas de águas que cai no piso como se estive chorando a ausência sua, parece que foi ontem mas comemora o décimo aniversário de sua partida. Lembro com detalhes mas muitas vezes foi desnudada onde o lençol de linho preparava o terreno que brotava lindas emoções e juras de amor. Assim acordávamos pela manhã e você esperando o café na cama, o fresco entrava pela janela semiaberta perfumando o ambiente sagrado de dois seres que se completavam.

Uma avalanche se formou entre nós e aos poucos foi minando o jardim que construímos, pétalas foram caindo lentamente o murchar aparecendo e minguou o sorriso daquele jardim tão lindo. Não deu tempo de me ensinar a te esquecer, tudo me lembra você como agora olhando a evaporação da água no lençol que tanto gostava passando do estado líquido para o gasoso me vem as lembranças do nosso amor, como evaporação é um processo endotérmico que precisa roubar calor eu preciso imaginar o quanto fomos felizes para obter energia para prosseguir a caminhada sem você.