“Eu sou aquele amante à moda antiga
Do tipo que ainda manda flores
Aquele que no peito ainda abriga
Recordações de seus grandes amores.

Roberto Carlos”

AMANTE À MODA ANTIGA

     Atualmente, quanto aos relacionamentos, a coisa anda complicada. Não dá para sair por aí dando uma de garanhão. Ou até mesmo com galanteios - lisonjas com as mulheres a quem se quer agradar. Cortejo - Cuidar de alguém de maneira delicada; tratar uma pessoa com cortesia; demonstrar educação e gentileza. Oferecer a corte a alguém, geralmente, a uma mulher; galantear. Simplesmente estes e outros termos relacionados, não fazem mais parte do cotidiano, linguagem coloquial - é a linguagem informal, popular, que utilizamos frequentemente em numa conversa entre amigos, familiares ou vizinhos. – Há décadas.

     Roberto Carlos em sua música “Amante À Moda Antiga” – Sim, algumas pessoas que lerem esta crônica, talvez, nem saibam quem é Roberto Carlos e muito menos sobre a música, mas ... Na música o autor deixa claro que está desatualizado com relação a relacionamentos. Imagina! Roberto Carlos, hoje com 82 anos, em 1980 falava, que nada é como era antes. E neste nosso novo século?

     - Tú pode ir para cadeia cara! Ou não, mas a ideia de perder a liberdade, hoje, é um elemento que circula na mente de qualquer um que se aventure na prática da conquista, principalmente que a denúncia pode ser praticada de forma verdadeira ou falsa, sem o menor problema.  Mandar flores com cartão, pode ser assédio, caro leitor ou leitora. “INOCENTE!”.

“Artigo 216-A

     O assédio sexual é um delito previsto no artigo 216-A do Código Penal. O artigo define o assédio sexual como "constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente". O assédio sexual é considerado uma forma de violência. “”

     Para estes tantos exemplos de conflitos emocionais, racismos e outros envolvendo preconceitos eu imagino que alguém sai de casa, e em sua cabeça ronda a ideia – “Hoje eu vou causar!” Sim, o problema saí da origem, de casa para a rua, com a maldade explicita, carregando na cachola: “Hoje a jiripoca vai piar”. Não consigo conceber alguém que vendo, “que a coisa vai esquentar”, não saia de fininho, ou correndo mesmo, do estabelecimento que o está incomodando. A menos que ... A testosterona bata na cabeça, o instinto de homem da caverna chegue e a resposta do macho atinge as glândulas pituitárias, bem, aí é “porrada” mesmo. Mas onde quero chegar?

     O maior desafio do ser humano, ou tarefa, é perceber que seu organismo manda em suas ações em sociedade.  Da infância à fase adulta a cabeça do homem recebe muitas mensagens de seu corpo, relativas à impulsos sexuais, o que o faz até agir sem pensar nas consequências, que o impulsionam a agir como um animal – que o é. E muitas vezes ele vai trocar “uma cabeça por outra”.

     O tempo passa e os hormônios vão se exaurindo, mas a cultura adquirida, nos momentos de descontrole hormonal, fica como uma aprendizagem a seguir. Então o problema, o tempo passa e o que era o organismo agindo para levar as condições de fertilidade e em consequência a reprodução, o conviver social torna como uma obrigação para a afirmação do ser hetero.  Confuso né? Mas siga um velho ditado: - “O Vicio do cachimbo deixa a boca torta”.

     Em toda a existência do ser humano na terra, sempre fomos manipulados – O que chamam de engenharia social. Levados a fazer isto ou aquilo. Atualmente a coisa anda “Gritante”, velhos conceitos não se aplicam mais diante de movimentos de aceitação de formas diferentes de relacionamento. As atitudes são seguidas a nível de observações com microscópio e suas consequências são brutais. Está certo? Está errado? Não importa, o que importa é que ai está.

      A aprendizagem, apesar de ser contínua, deixa ideias enraizadas e muitas destas geram o choque de realidade e vezes é melhor se recolher em um lugar seguro e deixar “o bonde passar”. Que acreditar que sempre estará certo.