Ser conservador é
Ser conservador é dizer que defende a "família tradicional". A família tradicional brasileira do século XX era composta de marido, esposa e filhos, em uma casa, e a amante e, talvez, filhos, na outra casa. A família tradicional brasileira até meados do século passado era composto do homem com sua esposa, com a teúda e a manteúda. Porque o aceito pelos padrões machistas e patriarcais da época era a famosa frase "homem trai mesmo", cabendo à mulher o papel de resignação.
Ser conservador é afirmar que "a esposa tem que ser submissa ao marido", cuidar da casa e dos filhos, não trabalhar fora de casa, e estar pronta "para servir" sexualmente ao marido. Este sempre foi o tradicional modelo familiar da "mulher recatada e do lar" brasileiro. Espanta-me mulheres a defenderem estas ideias.
Ser conservador é ser religioso, isto é, esquentador de banco de igreja aos domingos. É cumprir um compromisso social de ir à igreja aos domingos para "dar exemplo" aos filhos.
Ser conservador é o homem ensinar ao filho que "homem não chora", porque isto seria sinal de fraqueza.
E, claro, ser conservador é defender o lema "Deus, Pátria e Família". Mesmo que o patriotismo tupiniquim se resuma a torcer pela seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, usar a horrorosa camisa da CBF ou cobrir-se com a bandeira nacional para participar de atos golpistas ou de adoração ao ídolo deles, o "ungido" por deus para ser o líder da nação, que se transformará em uma teocracia e não mais um país laico. E, claro, venerar os Estados Unidos da América, com o famoso "American Way of Life".
Graças ao verdadeiro Deus, não sou conservador.