O TROFÉU DA FARSA
O troféu do erro é sempre o desengano, embora a princípio a ilusão da vitória obtida de forma oblíqua dê a impressão de eterna e não dure mais que alguns momentos. A transgressão geralmente passa ao indivíduo que a comete a falsa ideia da impunidade perene, aquela triste e falsa impressão de que ele nunca será apanhado na própria armadilha de sua tramóia.
Por essa razão, o transgressor se julga feliz achando ter passado a perna na verdade, desconhecendo quão tênue e incapaz de seguir adiante por muito tempo é a farsa. Haverá sobre a cabeça dele de forma irremediável o peso escondido no temor de um dia, subitamente, tudo ser descoberto. Para o bem da bondade o mal jamais escapa da luz da punição.
Ainda assim, apesar dos incontáveis exemplos daqueles que tentaram fugir à responsabilidade dos seus atos fraudulentos mas um dia caíram nas mãos da verdade, parece nunca acabar o número de pessoas sucumbindo às tentações de cometer os mesmos erros. Por consequência, como os de outrora desabam em iguais e reais consequências. Muitos aprendem a retrocedem nessa jornada enganosa, outros arriscam prosseguir e sofrem.