Não tinha como a criação do Estado de Israel dar certo
Um dos momentos mais violentos da história recente da humanidade foi a imposição ocidental (Europa e Estados Unidos da América), baseado em argumentos bíblicos (!!!!!) para a criação de um Estado de Israel em território palestino (muçulmano). Desapropriaram, em nome do deus judeu (seria esse deus mais importante que os outros?), milhares de famílias de origem islâmica. Usar argumentação de livros religiosos judeus é desrespeito aos livros sagrados dos que já moravam na Transjordânia, é desrespeito ao direito de propriedade das famílias que lá já habitavam há séculos.
Ora, desde o ano 76 dC, quando Roma destruiu o que restava de Jerusalém, não existe mais o Estado de Israel, então, por razões históricas, e bom senso, é claro que a criação deste Estado causaria conflitos insolúveis. Israel, aliado aos fundamentalistas religiosos estadunidenses e europeus, considera-se no direito de criar um novo "apartheid" , segregando os palestinos que moram em Jerusalém e arredores.
Todo o sofrimento ao qual o povo judeu sofreu durante a Segunda Guerra Mundial não lhes dá o direito de praticar os absurdos atuais e, muito menos, de ter recebido um território que não mais lhe pertencia porque fora legalmente apropriado por outros povos. A resposta contra a covarde agressão do grupo terrorista palestino extrapolou o limite do razoável (se é que existe razoabilidade em guerra) e passou a ser um crime hediondo contra milhares de palestinos e judeus que não têm nada a ver com o conflito.
O conflito de Israel contra a Palestina, o Líbano e o Irã pode criar proporções devastadoras, não só para a região, mas para todo o mundo. Em um primeiro momento, como fazem desde a Primeira Guerra, os Estados Unidos enriquecem-se às custas do fornecimento de armas para povos em guerra, mas, o conflito no Oriente Médio fatalmente gerará crise em todo o mundo (não podemos nos esquecer do petróleo).