A GENTE TEM MEDO DE QUE?
O amor, o amor ao próximo, o que resta desse amor? Sucumbiu sob os escombros das ideologias, já não fazem odes à honestidade, descartou-se a inteligência, encarceraram a liberdade, desfacelou-se o respeito.
Imperam ruídos odiosos de armas letais, munições de línguas venenosas carregadas de insultos covardes e de falas pecaminosas. Estilhaços que, quando não matam, mutilam e maltratam.
Distorcem a Sagrada Escritura, desafiam as instituições, fazem cultos à ditadura.
Hoje, prevalece mais o temor ao homen fardado do que ao Deus crucificado. Veneram o falso Cristo forjado em gabinetes deteriorados. Transformaram igrejas em palanques, trocaram os livros por fuzis, calaram os crentes de verdade, promoveram a discórdia, aniquilaram a ciência, nada sera como antes
Comungam veladamente com criminosos e com milicias fantasiados de políticos e de polícias. Idolatram governos negacionistas, dirigentes ignóbeis, dementes, insanos, falsos moralistas.
Vomitam discursos rasos, odiosos, tacanhos em nome de um Deus e de uma pátria ufanista, usurparam o divino e, a bandeira já não é mais ela, o sangue da violência manchou as cores verde e amarela.
Sequestraram a paz, roubaram as estrelas, apagaram o brilho do Sol, aterraram os jardins, destruíram as flores, promoveram horrores.
Fim de todo tipo de confiança, só resta desconfiança, quase nada de esperança. O medo expulsou os encantos, só mentiras por todos os cantos.
Medo do irmão, medo do vizinho, medo da religião, medo da ditadura, medo da direita, medo da esquerda, medo do comunismo, medo do socialismo, medo do fascismo, medo do nazismo, medo do capitalismo "inocente",
Até medo de morrer de medo a gente sente.