NÃO HÁ NADA DE NOVO DEBAIXO DO SOL.

" O que foi voltará a ser, o que aconteceu, ocorrerá de novo, o que foi feito se fará outra vez; não existe nada de novo debaixo do sol. (Eclesiastes, 1). Foi o que disse Salomão, o homem mais sábio da antiguidade. Segundo as páginas da Bíblia sagrada, nenhum homem nascido de mulher era tão sábio quanto ele. Sendo Filho do rei Davi, herdou o reino, prosperou em tudo, construiu o templo, contribuiu para escrita da Bíblia, enfim, Salomão se destacou na sua época sendo conhecido por todos os povos. Muitas das coisas que ele disse não parecia fazer sentido para aquele tempo, no entanto, olhando para os dias atuais, os escritos de Salomão são a pintura em palavras de nossos dias.

Salomão fez uma análise criteriosa, analítica e filosófica, da sociedade e do comportamento humano. Isso sem ter o avanço de informação das comunicações na qual dispomos, tais como celulares e computadores. Ele mostrou que, além de certíssimo estava à nossa frente, vivendo séculos atrás, revela verdades profundas séculos a frente, não somente no que mencionei a seu respeito no início da crônica, porém, em muitas outras coisas que encontramos em seus provérbios.

O mundo de hoje é feito de comportamentos velhos e antigos, conforme Salomão disse, comportamentos vestidos de gala. O que os meus e os teus olhos contemplam neste momento um dia já foi visto por outros olhos, talvez não retratado como tanta ênfase, porém, lá na antiguidade figuravam tais comportamentos e tomadas de decisões, do mesmíssimo jeito que fazemos. Verdadeiramente nada se cria e tudo se copia como disse "Chacrinha". É aquela história, ou melhor, adágio popular onde se diz a respeito da noiva. ( A noiva é a mesma, só mudou o vestido. ) Então, os vislumbres desse mundo moderno é o corpo de todo o passado, com a diferença de uma vestimenta diferenciada.

O nosso mundo, "todo perfeitinho", se dizendo moderno e avançado, na verdade, está ruindo, o barco está afundando, e o que não percebemos ainda é foram os motivos de o levar a pique... Praticamente os mesmos de outras sociedades, governos, e o próprio mundo antigo com os seus reinos, impérios, todos caídos. A nossa sociedade ultramoderna está condenada ao mesmo fracasso dos outros, de uma queda iminente. Basta lembrar-se do filme, "Titanic", o maior navio do mundo naquele momento. O gigante imponente, navegando soberano sobre o mar. Bastou alguns pedaços de gelo pontiagudos e todo o sonho e esforço de anos afundou em águas geladas enquanto os músicos tocavam violino na proa.

Vivemos sem nos importarmos com o que é verdadeiramente necessário. Erramos igualmente nossos ancestrais, erramos em valorizar o material muito acima do humano, é a "ganância do passado falando hoje", queremos objetos ao invés de corações e almas. Salomão falou sobre tudo isso, do que aconteceu antes dele, acontecendo no presente dele, e viria a acontecer no futuro também. A verdade é que não sabemos de nada, achamos que sabemos, mas não sabemos, pensamos que nosso intelecto é capaz de tudo, de criar, de buscar a própria imortalidade, mas não é.

Sim, é isso mesmo, assim como foi no início está sendo agora. O mesmo que colocou no coração do homem o desejo de ser como Deus, volta a lhe propor o erro fatal. Afinal, não existe nada de novo debaixo do sol. Como bem disse Salomão.