O avesso da cor
Sendo mais direta no título que Jeferson Tenório em seu "O Avesso da pele"de 2020, escancaro que o racismo no país é uma prática tolerada e assumida pela a escravidão e exploração do negro desde sua chegada ao país. Cito na publicação da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei no texto "Um presente repleto de passado" quando digo que se o racismo não existisse na sociedade da época não seria tolerado nas leis.
O STF acaba de aprovar legislação sobre temas que refletem positivamente na vivência dos negros. Quando trata da abordagem policial e de que o Estado assume a indenização pelas vítimas de bala perdida. Ora, investigando a fundo, vítimas são pobres e na maioria negra. As estatísticas confirmam.
Triste perceber que não foi exagero dizer que o racismo nasceu com o país. Estão iniciando estudos sobre isso, a verificar.
No livro de Jeferson Tenório as situações vividas pelos negros desde o ventre materno são estampadas em diversos relatos e descrições do autor. Abatidas policiais que utilizam a negritude como motivo. O pequeno investimento na Educação Pública a faz pouco atraente para o aluno e pesado o ato de ensinar para o professor. Desde cedo o jovem é desmotivado a buscar melhores colocações, que são alcançadas pelas pessoas melhor aquinhoadas.
O pobre e o negro assumem o posto de se tornar alvo para balas que sabem o alvo. Retiram o sonho, o futuro, os planos para que só reste o crime. Quem não sonha não luta pela mudança do futuro.