5 ASSASSINATOS NA PRAIA DE CIDREIRA.

Quem, além do meus 7 ou 8 leitores que, por curiosidade ou por acaso, ler os meus textos têm a noção, exata e inequívoca, de que procuro ser um cidadão que, aos quase 77 anos, almeja viver em um mundo de paz, de harmonia, de relações de ordem superior onde impere a amizade o respeito pelas pessoas e ao amor pela vida.

Fiz, destes princípios, uma conduta que procurei, no decorrer da existência, passar para meus dois filhos e para minha filha de forma a que eles assim, também, pensem.

Para um homem que como eu tem a certeza de que existem milhares de homens e mulheres, como a mesma índole e com o mesmo modo de viver, é extremamente, difícil ouvir pelo rádio ou pela televisão que na pacata Cidreira, uma da praias mais antigas do litoral norte, do Rio Grande do Sul, na noite de 10 para 11 de abril, tenham acontecido cinco mortes, sendo três por ferimentos à bala e duas em decorrência de incêndio na casa onde, as vítimas, se encontravam.

Além destas cinco mortes resultaram duas pessoas feridas, gravemente.

É difícil pela vida pacata de Cidreira, pelas pessoas que ali veraneiam e moram, há muito anos, acreditar-se que isso seja verdade e que, naquela cidade, este fato tenha acontecido.

Mas é verdade!

Não tem como se dizer que é manchete sensacionalista ou para usar um termo muito em moda o qual eu não sei escrever em inglês e, que por isto, faço o devido “aportuguesamento: Não tem como se dizer que é “FEIQUINIUS”.

É Verdade e aconteceu em Cidreira.

Fica-nos as perguntas: Onde estamos? Quem são as pessoas, para quem a vida humana não tem a menor importância? Para onde vamos nos próximos dez ou vinte anos? Como será a vida de nossos netos nas Grandes Capitais ou nos menores municípios de nosso país?

Quais são políticas públicas que estão sendo pensadas por suas excelências, do poder legislativo, executivo e judiciário, para administrarem a segurança pública, evitando fatos destas naturezas.

Acho que são perguntas para as quais não teremos respostas, até porque nossas autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário, dos municípios, dos estados e da união estão preocupados com questões maiores e mais relevantes dentre as quais, com certeza não estão contempladas a paz, a felicidade, a tranquilidade e a garantia de segurança e preservação da vida das pessoas que habitam nossas pequenas cidades como Cidreira ou nossas grandes metrópoles como Porto Alegre, Rio de Janeiro ou São Paulo.

Mas, com certeza, o tempo dirá para onde caminhamos e aonde chegaremos...