Ô TREM BOM
Vivo na roça,
Não puxo carroça,
Vejo o luar no sertão,
Fumaça saindo do velho fogão .
Água fresquinha, vindo do ribeirão.
Na tardinha de boa, pescar na lagoa,
Se chove na cidade, se diz calamidade,
Mas aqui é bom.
Na verdade, é mais precisão
Semana sem preguiça.
Domingo tem missa,
Fazer oração, demonstrar gratidão.
Agradeço meu Deus, de viver no sertão.
Sem desdenhar, na cidade morar,
Não quero não.
É paz, é silêncio, no escuro eu penso,
É " tudibão ô sussegão"
Mil estrelas luzindo, a Lua sorrindo,
Aqui tudo é lindo e também muito bom.
O que vou dizer, veja você se não tenho razão
Eu só quero viver, até eu morrer nesta condição.
Sou bobo não.