O que talvez seja a liberdade.
Já quis ser andarilha, andar sem rumo, sem retorno.
Já quis dar a volta ao mundo, sem passado nem futuro.
Já quis ir embora daqui, para nunca mais voltar, como bem Frida registrou em seu diário.
Eu que tantas vezes soube mais sobre o porto que o mar. As âncoras me eram tão familiares. Quis estar em um Navio que cruzasse a linha do horizonte.
Na verdade, era um desejo de ser ausência. Como o pai que sai para comprar cigarros e nunca mais volta.
Hoje, luto para me apropriar cada vez mais da minha existência. Sendo inteira e presente.
De repente, tenho o mar dentro de mim.
Fixando os pés no chão, enfim vislumbro o que talvez seja, a liberdade. Criar cada vez mais profundas raízes.