Os anônimos históricos
Algumas falhas se tornam maiores que os "falhantes"; isso acontece muito.
Erros médicos por exemplo, claro que a terra encobre, mas na família do desditoso paciente as pessoas esquecerão o nome do médico e esse será - por melhor profissional que tenha sido - por todo o sempre "aquele doutorzinho meia tigela que matou o tio Zé".
No futebol isso também é recorrente. Armando Marques, reza a lenda futebolística, foi um grande - apesar de espalhafatoso - árbitro, mas ninguém o relembra por esse fato e sim pelo erro grosseiro na final do Paulistão de 1973 quando " um erro de Mobral" nas palavras dele mesmo levou à estapafúrdia divisão do título estadual entre Santos x Lusa.
Em 1995, a final do campeonato brasileiro foi definida por um "erro" não de Mobral, mas de canalhice. Ninguém lembra - eu lembro mas faço questão de esquecer - o nome do árbitro; passou a ser "aquele que ferrou o Santos".
Domingo passado teve um Klaus(o) desses na final Santos x Palmeiras. Não chegou a ser tão escabroso como os citados anteriormente, mas o árbitro envolvido - por sua já folclórica insegurança - caminha passos largos para integrar a imensa lista dos anônimos históricos.