PODCAST
Ainda não existe (e talvez nunca venha a existir) uma palavra em Português que tenha igual significado.
Podcast é o resultado da unificação de duas palavras em inglês, iPod que é o aparelho auditivo produzido pela fábrica Appel e broadcast que significa transmissão via rádio.
Claro que esse formato de comunicação é bem anterior à pandemia do xingling vírus, mas foi pelo isolamento social que o uso de tal programa se popularizou, graças às redes sociais e também pelo incremento da imagem.
Qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode produzir um podcast e disponibiliza-lo para quem quiser ver e ouvir.
Daí apareceram os “influenciadores digitais”, alguns com carisma bastante para tocarem os programas individualmente, mas outros, hoje a maioria, descobriu a fatia de mercado das entrevistas com pessoas notáveis.
Algumas delas dotadas de vastos conhecimentos científicos, doutores, filósofos, jornalistas, comediantes, artistas em geral, autores de livros, religiosos, políticos, economistas, futurólogos e principalmente “especialistas” de coisa nenhuma.
Esse modelo tornou-se alternativa válida depois que os meios tradicionais de comunicação de massa entraram em falência por terem se tornado tendenciosos veículos de militância ideológica, deixando de exercer a sua função social de transmitir apenas e simplesmente a verdade dos fatos.
Há muita coisa boa para ser acompanhada, mas também tem muita besteira.
Anúncios das catástrofes que estão em vias de acontecer e que você precisa pagar para aprender a se defender.
Os adeptos dos bunkers e do armazenamento de água e comida.
Os instrutores de como fazer fogo sem lenha e sem fósforos para quando tudo se acabar e você ficar só no mundo.
Arautos da teoria da conspiração, do impacto com Nibiru e do aquecimento global.
Sobre esse aquecimento é risível a tremenda cara de pau dos “especialistas” ao garantir, sem apresentar nenhuma prova de que as mudanças climáticas são consequência da nossa ação sobre os ambientes.
É querer tornar realidade a historinha infantil do sapo que virou príncipe, porque nem o clima nem o tempo não estão nem aí para o que fazem os seres humanos.
Vale a pena citar dois exemplos da nossa insignificância diante da natureza.
A hidrelétrica do S. Francisco foi inaugurada em 15 de março de 1948, com o objetivo de gerar energia elétrica, barraram o rio, plantaram-se milhares de árvores nas cercanias do lago artificial, mas a Caatinga não se alterou, nem o lago Paranoá eliminou a secura do ar em Brasília.
O desmatamento que seca veredas e olhos d’água e os poluentes liberados pela queima de combustíveis fósseis realmente têm efeito deletério, mas apenas sobre os organismos dos seres vivos, jamais sobre o clima, sobre o tempo ou nas altas camadas atmosféricas.
E antes que alguém diga que o efeito estufa é uma realidade, fica a pergunta:
- Alguém já viu ou sabe onde está a câmara impermeável que contém a Terra e impede o resfriamento dos gases?
É mais cômodo distribuir responsabilidades ou arranjar culpados do que estudar para entender o deslocamento dos astros e os fenômenos decorrentes desse movimento que interferem na Terra, nas condições meteorológicas, nas variações de temperatura dos oceanos, na formação de furacões e tempestades, glaciações ou derretimento das calotas polares, os efeitos das “tempestades” solares sobre os sistemas biológicos e de comunicação, ou os movimentos tectônicos que causam falhas geológicas, vulcanismo e tremores de terra que, diferente do que se possa imaginar, não aumentaram nos últimos tempos.
O que aumentou exponencialmente foi o número de aparelhos que estão registrando os tremores de baixa intensidade que antes não eram percebidos por causa da distância entre o fato e o sismógrafo, mas que agora estão sendo computados.