Nos trilhos...
No balanço da noite.
Nos trilhos que assim como os do metrô, os trilhos do destinos, nos colocaram lado a lado.
Quem imaginaria, até muito menos eu que íamos nos reencontrar, em uma estação.
Onde há cinco anos, nos encontramos.
Era final de setembro, ano dois mil e dezoito, estava perdido na região central de São Paulo, ali pela catedral, praça da Sé.
E nos esbarramos três vezes, e ao nos encontrarmos pela terceira vez você me perguntou, quer ajuda? Está perdido? Logo respondi: Sim, acabei de sair de uma entrevista de emprego, e quero pegar o ônibus pra ir embora.
Nas ruas tão parecidas ali no centro, me perdia e não me achava, mas te achei.
Logo me fizeste um convite, e eu morrendo de medo aceitei. Ao te interrogar com uma pergunta tão bobo e de um ato tão ingênuo, como devo confiar em você? Me mostrou uma carteira polícia, falando sou PM. E fomos para sua casa, conversamos, lembro-me que não calei a boca, seus olhos fitados em mim, me ouvia, nem imaginava, me vislumbrei com o seu gesto e convite, e ainda com seu cuidado, depois te levo no metrô é mais rápido. Sabe ir de metrô para sua casa? Eu mole de tanta vontade de te beijar, respondi sim, sei.
E continuamos a caminhada até o seu apartamento, chegando lá, lembro- me que tinha uma bela vista, que dava para uma ponte, tirei até foto, mas acho que nem as tenho mais. Tomamos banho, deitamos, e começamos a nos pegar, beijos, abraços...
E ali estava feliz em ter te encontrado e você parecia feliz também ao me ter ali
Após as carícias, o telefone logo tocou, era a empresa que acabara de ligar para me avisar que havia passado na entrevista e que começaria a trabalhar.
Estávamos comemorando o meu primeiro trabalho aqui, mesmo antes de sabermos.
Fez café para mim, e saiu para academia e me levou ao metrô, estação anhangabaú, era a minha primeira vez na mesma.
De lá pra cá, não nos falamos mais, nem sei se o tenho em redes sociais.
Quando nos reencontramos ali no metrô revivi tudo aquilo novamente, senti que os teus olhos me olhavam como da primeira vez.
O cumprimentei, e perguntei: Rogério?
Você, me respondeu: Sim!
Lembra de mim?
Lembro, nossa eu logo né alegrei, queria saber como você estava, de estava casado, solteiro.
E falando me disse: Casei, tenho dois filhos.
Nossa que legal, esboçava de alegria.
Me perguntou, se estava bem?
Estou bem graças a Deus!