Momentos que não sei.
Há momentos que surge uma capacidade instantânea e, me obriga a chafurdar na alegria. É desafio que desliza levando-me a reconhecer a cidade transtornando meus passos e decisões sem possibilidade de retorno. O pior é que pressinto e não me esquivo. Vou ao encontro do muro, procuro com os meus próprios recursos escalar, transpor, mesmo que no topo chegue todo estropiado, sangrando abstratos filetes vermelhos, mas satisfeito, não só por ter conseguido, mas pelo menos ter ousado.
Há momentos que sei, devo me recolher e procurar o calor deixado por teu corpo entre os lençóis encardidos de tua ausência.