A Busca por uma Vida de Simplicidade no Campo Financeiro

Em uma sociabilidade composta de indivíduos obcecados pela ideia de riqueza e ostentação, me encontro à margem desses valores consumistas. As vozes ao redor, inebriadas de meritocracia e finais felizes, clamam por mais: mais dinheiro, mais propriedades, mais luxo. Eles acreditam na promessa de que o trabalho árduo pavimentará o caminho para uma grande conquista material. Mas eu almejo algo simples, mais básico para minha vida financeira.

Nunca desejei a riqueza como um fim em si mesmo. As minhas ambições, tanto no campo profissional quanto no financeiro, são movidas pela busca do suficiente - nada mais, nada menos que isso. Desejo o conforto do básico: um despertar sem a pressa dos alarmes, ter tempo de qualidade dedicado à família, às refeições saborosas e aos prazeres simples como um bom videogame ou uma visita a um restaurante predileto.

Anseio por uma tranquilidade financeira que se traduza em estabilidade financeira para honrar sem dificuldades as contas mensais. Vivendo um início de mês tranquilo, instante em que as responsabilidades financeiras sejam supridas sem dificuldades. E sem ter essa preocupação, focar no que verdadeiramente importa: as necessidades familiares, o sustento do lar, a comida à mesa. Essas são as prioridades que formam meu conceito de riqueza.

A verdadeira abundância está na capacidade de viver uma vida simples, sem a pressão de acumular ou esbanjar posses. Uma vida que me permita, em dias de feriados ou durante as férias, sentir a brisa do mar ou explorar alguma cidade em contínuos passeios. Uma existência marcada pela simplicidade, pelo essencial, distante do supérfluo que tantos perseguem. A verdadeira riqueza da vida não se mede pelo que acumulamos, mas pela qualidade dos momentos que vivemos e pelas experiências que experimentamos: um jantar, uma viagem, o degustar de um vinho, uma leitura, um momento a sós com a pessoa amada.

03.04.2024