IMPerFeição

Vivemos em um mundo em que tudo tem que ser perfeito, embora o contraste seja, justamente, o fato de sermos imperfeitos.

As nossas IMPERFEIÇÕES são o que nos torna seres singulares, não robôs construídos em série.

Infelizmente, muitas das vezes, nos espantamos com as imperfeições do outro, esperamos que o outro seja um exemplo dos seus grupos sociais e até nos horrorizamos quando percebemos seus erros. Por outro lado, podemos cobrar tanto a nossa própria perfeição que chegamos a nos culpar exageradamente pelos nossos erros, ou além, tentamos ser o que não somos para agradar a outros porque nos julgamos imperfeitos demais para ser aceitos, e carregando o nosso conjunto de crenças construído ao longo da vida, virtualizamos em nossas mentes uma suposta imagem de nós mesmos que deveria ser aceita e amada por suas qualidades tão positivas; a questão é que esses olhos descansam em outros horizontes e não estão nem aí para o esforço que muitos fazem para agradá-los.

O desafio das diferenças é, por exemplo, quando temos que viver em grupo com um mesmo propósito, como é o caso de trabalhar juntos. Cada mente pensa diferente da outra, mas todas têm que encontrar o meio termo para se unir em um propósito, por exemplo, de atender o cliente de modo satisfatório.

Na vida pessoal, o jeito como vemos as coisas , vai afetar todo o nosso viver, por isso devemos buscar melhorar sempre, estar sempre em aperfeiçoamento, mas não a perfeição em si. A perfeição, humanamente falando não existe.

Devemos olhar mais o que temos, ser agradecidos por isso. Ao invés de viver reclamando sobre o que falta.

Devemos compreender as naturezas diferentes, entendendo que mesmo sem intenção as pessoas vacilam, que o que é óbvio pra uns, não o é para outros.

Devemos ter empatia, pelos outros e ter simpatia conosco mesmos.

Quando deixamos de nos cobrar a perfeição e deixamos de esperar a perfeição dos outros, soltamos os ombros, relaxamos e aproveitamos mais a vida, sempre buscando melhorar, sem comodismo e com humildade e sem nenhuma neura. Dê o melhor de si, mas tenha em mente que a régua que cada um usa para medir qualidades e defeitos sempre será diferente de um para o outro.

Vamos nos lembrar, fazendo analogia com o pão de sal, cuja massa pode ser igual, o processo pode ser igual, mas cada pão é diferente do outro, assim também nós, os seres humanos, podemos vivenciar as mesmas situações, mas cada um de nós vai absorver e crescer de um jeito único. Como viver tudo isso? Fazendo o que Jesus falou: Ama o próximo como a ti mesmo.

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