A velha infância e a arte de envelhecer bem

Ah, como eu queria voltar a ser criança! Ter aquela inocência, aquela energia inesgotável, aquela capacidade de se maravilhar com as coisas mais simples da vida. Mas aí eu lembro que eu teria que voltar a usar fraldas e a comer papinha, e aí já não parece tão atraente assim, visto que já estou mais próximo disso! Kkkkkk

A verdade é que a maioria de nós, adultos com mais de cinquenta anos, gostaria de ter um pouco daquela leveza e alegria de quando éramos crianças. Mas a vida adulta nos cobra responsabilidades, nos joga problemas e desafios a todo momento. E aí a gente vai se virando, buscando soluções, tentando se manter jovem de corpo e alma, mesmo com todos os percalços do caminho.

E que percalços, hein? A pressão por sucesso, a cobrança por resultados, a competição desenfreada. As novas gerações então, coitadas, estão tão traumatizadas pela exigência de vencer antes dos trinta que mal conseguem aproveitar a juventude. É como se a infância fosse pulada, a adolescência fosse uma corrida, e a vida adulta uma maratona sem fim.

E aí chega a velhice, com seus desafios e suas alegrias. A tecnologia veio para ajudar, mas também para segregar. Aqueles que não têm acesso às novas tecnologias são considerados analfabetos, apesar de toda a sabedoria que acumularam ao longo dos anos. É uma ironia cruel, mas é a realidade em que vivemos.

Então, o segredo é encontrar o equilíbrio. Cultivar a criança que existe dentro de nós, mas sem deixar de lado a maturidade e a experiência que os anos nos trouxeram. Enfrentar os desafios da vida adulta com coragem e determinação, sem esquecer de se maravilhar com as pequenas coisas do dia a dia. E envelhecer com dignidade, aproveitando tudo o que a tecnologia tem a oferecer, mas sem esquecer que a verdadeira riqueza está nas relações humanas e na sabedoria que só o tempo pode nos dar.

Em 04/04/2024.

Ednaldo DaMata
Enviado por Ednaldo DaMata em 04/04/2024
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