Cara do Brasil (você é racista?)

Jornais antigos pelo chão, pela enesima vez, tanto arrumar para serem guardados. Parece que ainda não será dessa…

A realidade salta aos olhos, não adianta fecha-los, dói como um estupro, você não foi consultado, é invadido, dominado, sem ação! Pessoas que tem a pobreza como vida e além, veio ao mundo com a boca aberta da fome.

Muitas das vezes o por que das dificuldades do caminho está na pele. Relatos sobre discriminação são comuns. Alguns sentem de uma forma leve com toda a violência do ato.

Acabo de encontrar o exemplar que chamou minha atenção.Minha atenção fixou em uma publicação, falava de um livro sobre Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho), músico completo. No encarte do Estado de Minas do dia 24 de dezembro de 2022, o título “Unanimidade Nacional”, aproxima de ser redundante quem já que é olegítimo representante da música popular brasileira no século XX. O livro lançado, “Pixinguinha, um perfil biográfico” de André Diniz, faz parte de uma coleção sobre cultura carioca.

Ao olhar a bagunça de jornais no chão entendi o meu espanto -em jornais que cobriram o período de 2019 a 2024 apenas um fala sobre Pixinguinha! Mais estupefata ao perceber que eram poucos que a negritude era estampada em meia página. Sem dúvida, se tratava de uma sumidade musical. De certo, sentiu em algum momento o que vivem os negros cotidianamente. Contudo sucessos no samba, na manchinha e no choro, um “chorão”, reconhecido nacionalmente, proporcionaram boa situação financeira, bons contatos, raro para a maioria negra.

É recente dois episódios de estupro deixaram o mundo perplexo. Não quer dizer que negros sofrem racismo por serem acusados de um delito, pessoas são passíveis do erro, devem receber a punição pelo erro. Reparem que a situação financeira não impediu o ato, da mesma forma a alma não tem cor.

Muito precisa ser feito pois a humanidade não tornou-se civilizada ao longo do tempo, outrossim desenvolveu formas de separar os iguais.