EU EUM GATO QUE ME APARECEU
O título já está bem claro. Um gatinho, certo dia, apareceu em nosso condomínio e de tanto miar quando eu passava e até ameaçava me seguir ou querer entrar no meu apartamento, tive dó comprei um pouco de ração e comecei a lhe distribuir, amiúde, pequenas porções. Só que eu não sabia que, através deste simples gesto, o tal animalzinho se sentiu cativado e se apegou a mim de tal maneira que alguns vizinho me perguntavam se eu o estava criando. Respeito muito quem tem uma estimação por alguns animais, só que já tive duas experiências malsucedidas, quando minha esposa, logo no início do nosso casamento cismou em criar uma linda cachorrinha e, posteriormente, uma outra cachorra apareceu no nosso local de trabalho e como demos uma vez um pouco de comida ela também se apegou e depois tivemos que procurar um meio para doá-la. Agora, no meu estado de viúvo, em minha companhia só há um pequeno aquário com dois peixinhos, por sinal, que minha filha deixou talvez só para me fazer uma companhia silenciosa. Mas voltando ao assunto do gatinho que me apareceu, mesmo no dia em que não lhe dou alguma comida, ele sempre me segue, como se estivesse reclamando e se falasse poderia até me dizer: "Tu te tornas responsável por aquilo que cativas" - lembra da história que a raposa contou ao Pequeno Príncipe sobre a rosa que ele cultivava no seu planeta? E com isso, então eu volta ao pet shop e compro mais uma porção de ração para o tal gatinho que apareceu em minha vida, talvez até como "o rio que passou na vida do famoso cantor e compositor Paulinho da Viola.