A MISÉRIA DO POVO
Francisco de Paula Melo Aguiar
A miséria do povo é acreditar que os velhos e novos problemas do pais, dos estados membros e dos municípios, são resolvidos com promessas politiqueiras de vésperas de eleições, emanadas dos pseudos palanques ideologicamente montados com tais finalidades, pelas raposas velhas, novas e aprendizes de politicagem.
O povo não é burro de aguardenteiro que apanha calado e segue o caminho que seu dono quer trilhar para vender suas drogas e bugigangas.
Assim "uma vida não questionada não merece ser vivida", segundo o filósofo Platão, que por analogia, a miséria do povo tem que ser resolvida pelo próprio povo, é ilusão esperar que a classe política se preocupe em resolver os velhos e os novos problemas da população, porque se tais problemas fossem resolvidos de que a politicagem ia viver para manipular a massa carente?
A miséria do povo é esperar o prato feito dado de "presente" na hora das refeições diárias, cozinhado com o suor do próprio corpo da alma vencida pelo cansaço moral e mental que lhe falta reconhecimento do próprio eu.
A política só resolve tudo se a miséria do povo derrubar o pseudo palanque através do voto popular renovador em cada eleição, assim como se dá o brilho na madeira ou pedra rústica.
A miséria do povo é acreditar em proselitismo barato do tipo: os governos são responsáveis pela felicidade da população com pires na mão "para inglês ver", em todos os sentidos a procura do paraíso perdido e do paraíso recuperado, que todas religiosidades pregam. Ex-vi o caso das reformas constantes do tipo tributária, agrária, previdenciária, educacional, penitenciária, etc, onde o Estado Nacional se torna cada vez mais "comerciante" e hipnotizante ao cobrar mais impostos e taxas dos bens e serviços seus, porém, transferidos para a iniciativa privada, como por exemplo, o tipo de prestação de serviços de telefônicos e Internet, de transportes rodoviárias, maritimos e aéreos. de água e esgotos que se tem sem tratamentos e investimentos de quaisquer espécies. A saúde terceirizada nos Estados membros e nos municípios.
A miséria do povo é o samba do crioulo doido por carreira política sem ideologia e compromisso por parte dos eleitos para com a população carente que não passa de indigente a procura de resolver seus velhos e novos problemas, que continuam sendo como sempre, os nossos.
A miséria do povo é o desemprego, a falta de moradia, de hospitais, de profissionais comprometidos nas áreas de saúde , educação segurança pública, combate às drogas, erradicação da pobreza, erradicação do analfabetismo, erradicação da dengue que continua ganhando terreno, contaminando e matando gente, desde que a malária foi extinta e assim a população pobre deixou de ter a detetização geral anual de suas casas e móveis domiciliares. Atualmente até o carro do fumaçê não se ver mais passar nas ruas e na zona rural só Deus sabe, a não ser que o mosquito da dengue seja urbano, apenas.
Como se cura de doenças sem comer bem e ter a medicamentos adequados?
Então, essa é apenas uma vírgula da miséria do povo e política de verdade, porque nada será resolvido se a politicagem continuará como balcão de negócio e corrupção.