MISCELÂNEA DO TEMPO
O tempo, enquanto passa, só nos dá mais tempo, na visão otimista, ou nos tira o tempo, na visão pessimista. Eu, um simples mortal realista, acredito que o tempo é só uma contagem sistematizada de fases da lua, que sempre se repetem, assim como os dias são todos iguais, fora os dias que os fazemos diferentes, ou acreditamos que assim fazemos, porque, essencialmente, são iguais.
O tempo não voa e nem anda lentamente, aliás, na verdade, ele não anda, porque não tem pernas, não existe, mas inventaram os ponteiros, que marcam sua imaginária evolução, chamada de hora. O tempo não existe de fato, temos apenas escuro e claro, lua e sol, convencionamos chamar a diferença de luminosidade de dia e noite. Dias e noites, assim denominados, pertencem aos poetas, que deles fazem bom uso lírico.
O que é o tempo, afinal, os anos, os meses, os dias ou as horas? É o nada e o tudo. Inventaram de medir o tempo e dividi-lo em ano, mês, dia, hora e minuto. As medidas do tempo são convenções, marcamos horários e não cumprimos, o que prova a descrença no chamado tempo.
Então, não se preocupe com tempo que passou ou vai passar, o que vale é o presente, preocupe-se em existir e fazer com que sua existência tenha utilidade agora. E se você, por acaso, marcar a chamada hora com alguém, acredite nela e cumpra, porque ficar esperando é real e chato pra caramba! O denominado tempo, esse continua, você não.