OS PEQUENINOS DO EVANGELHO
OS PEQUENINOS DO EVANGELHO
Além das crianças, é claro, Jesus se refere a pequeninos, quando nos chama atenção para os pobres e humildes, principalmente aqueles que vivem à margem da sociedade, infelizmente em grande número.
Quando nos lembra a atenção a ser dedicada aos que tem fome, sede, aos sem teto, nus, doentes e prisioneiros, deixa claro sua opção preferencial para os que mais sofrem e por isso necessitam mais do nosso amor.
Os bolsões de miséria não estão apenas em países da África e em outras Nações não Cristãs. Aqui, no Brasil, se estima em cerca de quarenta milhões, os brasileiros, vivendo em condições sub-humanas.
O problema da saúde é alarmante. Faltam, nos municípios, na saúde pública, médicos, medicamentos, exames laboratoriais, dos mais simples aos mais sofisticados, havendo um grande número de pessoas esperando, até dois anos, para uma ultrassonografia, raio X e exames de sangue. Médicos especialistas, só com meses de espera. Se depender de uma operação, só recorrendo aos grandes centros ou aos políticos de plantão.
Simples cursos profissionais que poderiam ser ofertados pelos Municípios, a nível fundamental, resolvendo o problema da capacitação profissional e do consequente desemprego, são negados à população e desestimulados, quando surgem de Instituições Voluntárias.
Olhando para os ensinamentos de Jesus, verifica-se que Ele não perde tempo cobrando das autoridades mais comprometimento nas questões sociais. Ele sabe que de pouco adiantaria fazer protestos e reivindicações a pessoas que perderam o amor ao próximo.
Ele, no entanto, deixa o caminho a seguir, apontando para o Amor. Mas adverte que, os que forem cegos ao sofrimento dos "pequeninos", perderão o Reino Eterno.
Isso deveria causar, pelo menos, medo, nos responsáveis pelo sofrimento dos mais humildes.
Mas há o reverso da medalha, quando Ele declara: " Vinde, benditos do meu Pai, para o Reino que vos está preparado, desde a fundação do mundo. Pois eu tive fome e me destes de comer, sede e me destes de beber, sem teto e me abrigastes, nu e me vestistes, doente e me cuidastes, prisioneiro e fostes me visitar."
É bom nunca esquecer que, no Reino do Céu, os pequeninos serão os grandes. E os grandes, provavelmente, nem estarão lá.