TAPA NA CARA
Francisco de Paula Melo Aguiar
O imaginário popular é sábio ao afirmar que onde não se espera, impera a lei do mais forte e ou do quem pode, pode, basta ter cipó e tempo, porque quem faz um cesto, faz um cento e até muito mais...
É fato tudo isso acontece no mundo da impunidade quando se vê autoridades públicas ou privadas, envolvidas em escândalos de todos os naipes e baralhos, por exemplo, o caso Marielle Franco, cuja voz foi silenciada para não atrapalhar interesses opostos envolvidos, segundo investigações da Polícia Federal que fundamentaram às prisões preventivas das autoridades envolvidas.
E onde fica o direito de liberdade de pensamento no Brasil ou no mundo dos diferentes?
De modo que "uma sociedade é democrática quando ninguém por tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha que se vender a alguém ", conforme o filósofo, teórico político, escritor, sociólogo, compositor e pedagogo franco-suiço Rousseau (1712-!778).
O que podemos esperar de autoridades políticas envolvidas em escândalos policiais e policiais envolvidos em escândalos políticos para cobrir identidades de criminosos de milícias e ou facções do crime organizado com o mesmo destino que tem a fumaça do narcotráfico nas grandes e pequenas cidades, ditando a ordem em substituição à ordem pública do povo emanada via o voto popular que constitui as autoridades para todos e não apenas para uma minoria corrupta de plantão.
E até porque, "quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado", segundo o filósofo Platão.
O céu de brigadeiro da corrupção é um império de passos lentos chamado de procrastinação que tem como sentença a impunidade em vez de ser uma questão de honra, assim prometida aos familiares das vítimas.
A nação brasileira é traída por essa gente que assume o controle de postos importantes para garantir e proteger o cidadão comum, pagador de impostos diretos e indiretos, ao se deparar com escândalos do tipo que garante em descobrir quem matou, por exemplo, alguém do baixo "clero" e até do alto "clero" da política nacional, regional ou local, quando o silêncio inominado faz da vítima seu principal algoz, porque a autoridade encarregada de desvendar o crime é o próprio criminoso como autor intelectual, mandante e ou executor do crime.
Assim não dá, autoridades são autoridades no corpo e na alma a serviço de tudo e de todos cidadaos indistintamente.
A não ser que "é melhor ser rei do teu silêncio do que escravo de tuas palavras", conforme assim nos ensina William Shakespeare.
Autoridades públicas, inclusive as autoridades politicas, policiais e judiciais, são laicas no sentido de servir a todos os cidadãos dentro da lei social e dentro do princípio formal da ampla defesa dos envolvidos e não se deixar envolver com os envolvidos, para que os mesmos não sejam punidos por seus crimes praticados.
Que mundo cão é este?
Onde vamos parar e em quem confiar?
E de onde não se espera vem a tapa na cara da sociedade que paga tudo e tudo lhe negado, inclusive a verdade é somente a verdade dos atos e fatos do imaginário nacional.