Quem mandou matar Marielle
Crônica
A Espera por Justiça: 6 anos e 10 dias para Descobrir Quem Mandou Matar Marielle
Durante 6 longos anos e 10 dolorosos dias, a sombra de um crime brutal pairou sobre a cidade do Rio de Janeiro. O assassinato covarde de Marielle Franco, mulher forte, defensora dos direitos humanos e símbolo de luta por justiça social, chocou o país e reverberou pelo mundo.
Enquanto a memória de Marielle ecoava nos corações daqueles que acreditavam em suas causas e lutavam pela mesma justiça que ela defendia, os dias se arrastavam, as perguntas se acumulavam e as respostas pareciam distantes.
Foram anos de apelos, de protestos, de lágrimas e de indignação. A cada mês que passava sem uma resolução para o caso, a esperança vacilava, mas não se apagava. A voz de Marielle, calada à força, ressoava mais alto do que nunca, clamando por justiça, por verdade, por dignidade.
E então, após 6 anos e 10 dias de espera angustiante, veio a notícia tão aguardada, mas também tão amarga. A identidade dos mandantes do crime foi revelada, trazendo à tona uma teia de interesses obscuros, de poder e violência, que tentaram calar uma voz que se recusava a se calar.
A descoberta da verdade não trouxe alívio, mas sim uma mistura de sentimentos complexos. A sensação de justiça sendo feita era acompanhada pela dor da perda irreparável, pela revolta diante da crueldade e pela consciência de que ainda há tanto a ser feito para que crimes como esse não se repitam.
Marielle foi mais do que uma vítima. Ela foi e continua sendo um símbolo de resistência, de coragem, de luta por um mundo mais justo e igualitário. Seu legado transcende sua própria vida e se torna um chamado à ação, um convite à reflexão, uma inspiração para todos aqueles que acreditam em um futuro melhor.
Que a memória de Marielle Franco nos guie na busca por justiça, na defesa dos direitos humanos, na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Que sua voz ecoe em nossos corações e nos impulsione a continuar lutando, mesmo diante das adversidades, mesmo quando a espera parece interminável.
6 anos e 10 dias se passaram desde aquela noite trágica, mas Marielle estará sempre presente, lembrando-nos de que a luta não termina com um veredicto, que a justiça nunca é completa enquanto houver injustiça no mundo. E assim, seguimos adiante, honrando sua memória, defendendo suas causas, construindo um legado de amor, de verdade e de esperança.
Vera Salbego