Gatos e companhia


Depois que Sarah, a gata, sumiu, resolvi adotar outro gato. Procurei pela internet. Encontrei muitos, geralmente longe do meu endereço. Insisisti na busca. Horas depois, li um anúncio de doação nos arredores. Liguei, combinei e fui buscar o bichano. De bônus, ganhei os apetrechos necessários ao conforto do pequeno. Um ano de idade, cor cinza com branco no peito e enormes olhos esverdeados. Ao redor dos olhos, circundava uma linha preta que dava ao gato a aparência de maquiagem usada pelas orientais hindus.
Levei uma gaiola para buscá-lo, todavia os demais apetrechos não cabiam no meu carro - uma estrutura que apelidei de 'minha casa minha vida' ... Trouxeram para mim.
A familia se desfez do gato porque a criança e os pais permaneciam  muitas horas fora de casa e o bicho estava solitário e deprimido.
Aqui em casa, logo se escondeu debaixo da cama, por lá ficou o dia inteiro. Coloquei a caixa de areia próximo, bem como os potes de comida (ração) e água. O bichano não saía debaixo da cama, embora se alimentasse e usasse o 'banheiro' ...
Comecei a afastar o 'kit' diariamente. O bichinho começou a deixar o abrigo e se afastar também. Finalmente entramos em acordo. 
Dei-lhe o nome de Pacífico que, com o tempo, se mostrou adequado à sua personalidade
Ao contrário de Sarah 'desaparecida, Pacífico não se comportava como gatos. Não brincava, não tentava fugir para a rua, tampouco corria atrás de passarinhos. Talvez, para me agradar, dava uns tapinhas nas bolinhas de papel que eu jogava para ele brincar. Mais nada o interessava.
Foi adotado quando tinha um ano e está comigo há oito.
Não gosta de peixe, não sobe na mesa em busca de migalhas e bebe água mergulhando a patinha no pote (em concha). Creio que não gosta de molhar os longos bigodes.
Tem o hábito de pedir atenção quando tem fome, ou quando é preciso trocar a água e, bizarro, trocar a areia da caixa.
Mantenho sempre uma caixa de papelão onde ele se esconde, às vezes, para 'aparar' as unhas.
Adora quando chove e vai lamber as folhagens ...
Já sabe que não permito subir na minha cama, ele se conforma em ficar acomodado na cadeira em frente à mesa do computador ou sobre o pequeno tapete embaixo da cama. Costumo dormir com a porta do quarto fechada, pela  manhã, ao abri-la, lá está ele sentadinho aguardando atenção.
Seu lugar habitual é o sofá da sala, quando desaparece, eu o encontro dentro do guarda-roupas. Sua 'casa sua vida' foi detonada pelos dogs. Pouco uso dela fez Pacifico. De vezem quando se empuleirava no telhadinho para irritar os cães, que tentavam apanhá-lo.
Tenho outros bichos em casa, entre eles um carneiro, Vinicius Jr. Qualquer dia contarei sua história.
Um bom dia. 
Aprecie a leitura.