MESA POSTA, CADEIRAS VAZIAS... (BVIW)
Mesa posta, cadeiras vazias... Cadê o senhor da cadeira da cabeceira da mesa? Morreu. E as crianças com seu olhar curioso apontando com o dedinho, mamãe eu não quero isso, mamãe eu quero aquilo! Cresceram, casaram, tiveram filhos e hoje os meus netos me pedem pirulito. E eu me pergunto: Afinal, passamos nós ou passa o tempo? E eu me respondo: O tempo não passa / O tempo não morre /Você passa /você morre / O tempo só te olha ‘com os olhos que o tempo tem. A proposito, Li um ensaio sobre o tema, com o título de “O tempo não passa. Passamos nós”, onde é dito que o homem com a sua capacidade criativa desenvolveu fórmulas para “encaixotar o tempo em calendários astronômicos e lunares. E numa tentativa de dar forma a mudança dos dias iguais, englobou o girar constante do tempo em semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios. Quis transubstanciar o vazio do nada, lhe dando “carne e ossos” para chamá-lo de “tempo”.
E fica dito: Mesa posta, cadeiras vazias também faz parte da minha solidão...