Uma viagem ao encontro de si mesmo

Título: Encantos Efêmeros em Veneza: Uma Viagem ao Encontro de Si Mesmo

Ao adentrar a magnífica Veneza em um brilhante dia ensolarado de 2012, fui saudado por uma atmosfera mágica e acolhedora. O som suave das águas dançantes dos canais, as ruas estreitas e pitorescas e a arquitetura veneziana deslumbrante foram apenas um prenúncio do encantamento que essa cidade única me proporcionaria.

Minha jornada me levou à icônica Praça São Marcos, onde a grandiosidade da Basílica e do Palácio dos Doges me deixou sem fôlego. Contudo, foi a interação com os famosos habitantes alados dessa praça que mais mexeu comigo. Os pombos, símbolos da cidade, voaram em minha direção, ávidos por um pouco de comida. E ali, naquela atmosfera efervescente e histórica, tive a magia de alimentá-los em minha própria mão, sentindo-me conectado não apenas à cidade, mas também à simplicidade e beleza da natureza que ali se manifestava.

A experiência única de deslizar suavemente pelas águas dos canais em uma gôndola foi outro momento memorável desse dia especial. A melodia suave entoada pelo gondoleiro ecoava em meu ser, trazendo uma serenidade que só Veneza é capaz de oferecer. Enquanto passava por pontes antigas e edifícios centenários, encontrei em mim mesmo uma paz e reflexão que há tempos não experimentava.

Foi nesse cenário de sonho e realidade entrelaçados que me vi encontrando não apenas com os encantos de Veneza, mas também com os meus próprios anseios, sonhos e reflexões mais profundas. A cidade das águas e dos segredos me acolheu e me guiou em uma jornada de autoconhecimento e descoberta, como se cada canção das gôndolas e cada bater de asas dos pombos fossem sussurros do universo me convidando a desvendar os mistérios dentro de mim.

Assim, em 2012, Veneza não foi apenas um destino turístico, mas um portal para um encontro íntimo e significativo: o encontro comigo mesmo, com meus anseios, dúvidas e esperanças, refletidos nos reflexos das águas venezianas e nas asas dos pombos que ali dançavam. Em Veneza, em meio ao esplendor e à poesia inebriante da cidade, encontrei um pedaço de mim que há tempos buscava e que, naquela bela e efêmera estadia, pude finalmente abraçar.

Vera Salbego