A POESIA EM TEMPOS DA SUPERFICIALIDADE DAS REDES SOCIAIS: UM ATO DE AMOR, RESISTÊNCIA E REBELDIA

O poeta, em sua essência, é um alquimista das emoções, capaz de transmutar a vastidão dos sentimentos humanos em obras de beleza inquestionável. Seja na melancolia profunda, na indignação frente às injustiças, nos arroubos de amor ou nos momentos de alegria pura, o poeta encontra a matéria-prima para sua criação. A poesia, essa forma de arte atemporal, serve como um espelho que reflete a complexidade da experiência humana, tornando o intangível tangível através das palavras.

Contudo, tempos de redes sociais traz mudanças no valor atribuído à poesia no tecido cultural contemporâneo. Em uma era dominada pela rapidez das informações e pela preferência por formas de entretenimento mais imediatas, a poesia parece ter sido relegada a um nicho, valorizada por poucos, apesar de sua capacidade singular de tocar a alma e provocar reflexões profundas.

Essa desvalorização, no entanto, não diminui a importância da poesia; pelo contrário, reforça a necessidade de sua existência. Em tempos de superficialidade, a poesia emerge como um bastião da profundidade emocional e intelectual, um lembrete da beleza que reside na contemplação e na expressão sincera dos sentimentos mais profundos. Ela permanece como um refúgio para os que buscam compreensão, conforto e inspiração, e como um campo fértil para a resistência e a revolução, ecoando as vozes daqueles que anseiam por mudança.

Portanto, mesmo diante do cenário atual, a poesia retém seu poder e sua relevância, desafiando os poetas contemporâneos a reivindicar seu espaço e a continuar a tecer, com suas palavras, a rica e diversificada experiência humana. A poesia, em sua essência, é um ato de amor e rebeldia, um convite à reflexão e à transformação, tanto pessoal quanto coletiva.

São estes os motivo pelos os quais ainda diviso meus versos.

15.03.2024