UMA PACIENTE FORA DA CURVA
Do alto dos meus 73 anos ontem, enquanto aguardava a minha vez de ser atendido, percebi facilmente que o ambiente daquela clínica estava sendo frequentado pela maioria de idosos nesta minha face etária. A maioria estava ali para se submeter a coletar sangue/urina para acompanhamento médico de rotina. Salvo raríssimas exceções percebia alguém mais jovem na qualidade de acompanhante de algum parente idoso, principalmente, cadeirante. Agora quando se pensa que já se viu de quase tudo nesta vida aí é que se engana. Pois bem, nesta oportunidade e ambiente citados, em meio aos chamados em voz alta dos atendentes, logo se observava os respectivos pacientes, com seus passos claudicantes se aproximando para o atendimento. Então foi neste ínterim que um enfermeiro chamou alguém e quem se apresentou foi uma jovem, além de bonita, sorridente, deixando-o boquiaberto que logo lhe perguntou: "quem é Mariângela S. Arantes?" ao que a jovem falou: sou eu e já foi adentrando no cubículo e a cortina fechada. O que se passou pela mente de todos os idosos que ali presenciaram aquela cena só mesmo Deus para avaliar. Quem pensou que ela fosse demorar mais do que dois minutos colhendo o seu sangue, se enganou redondamente. Em pouco tempo ela saiu, da maneira como entrou, toda faceira e sorridente, deixando o rapaz que a atendeu com um olhar sonhador de quem queria continuar aquele "atendimento" tão prazeroso. Cala- te boca! A vida sempre apresentando algumas surpresas agradáveis. Pelo visto, até o chá/café com bolacha/pão de queixo que geralmente são servidos após cada atendimento ela dispensou. Chá de cadeira é o que ela poderá dar ou não ao enfermeiro todo empolgado que a atendeu, vai saber!